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Sábado, Abril 27, 2024

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“Responsáveis pela floresta, nos últimos 50 anos, não fizeram nada e caiu tudo em cima dos bombeiros”, diz Marta Soares em exclusivo à RC (c/som)

O Governo anunciou recentemente os meios disponíveis para a época de incêndios de 2018, sendo que o dispositivo regional do Alentejo contará com 227 operacionais, 66 veículos e 3 meios aéreos (sedeados em Évora, Ponte de Sor e Moura).

Em declarações a esta estação emissora, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), afirma que “os meios não são suficientes, nem nunca serão suficientes”.

Contudo, apesar das limitações financeiras, “há uma evolução” no sentido de existir “uma cobertura mais abrangente do que nos anos anteriores”.

Os atrasos em concursos relativos aos aviões “não vieram dar uma grande ajuda […], e neste momento já deviam estar no terreno e não estão”. Ainda assim, o dirigente aponta que “os meios aéreos são um complemento, não um fim”, pelo que importa “as forças de terreno” e estas “têm tido uma grande evolução”, aponta.

Apesar de a LBP ter encontrado “alguma abertura” por parte do Governo que os leva a acreditar que com trabalho serão conseguidas as “reformas necessárias para o país e para os bombeiros”, “ainda está muito aquém daquilo que são as nossas propostas”.

Marta Soares afirma ter “esperança de este ano ser melhor” e que poderão ser evitadas “catástrofes iguais às que houve no ano anterior”, acrescendo às razões suprarreferidas a crença de que “aqueles que são responsáveis pela área da prevenção, do planeamento e do ordenamento da floresta, comecem a fazer alguma coisa, porque nestes últimos 50 anos não fizeram nada e caiu tudo em cima dos bombeiros”.

Questionado sobre o atraso resultante do fecho do Centro de Ponte de Sor, onde se encontravam 3 Kamov em preparação para a época de incêndios, diz que “quando há meios que gostaríamos que estivessem em funcionamento e ainda estão em manutenção, claro que atrasa. Mas vamos acreditar que esse problema se resolva”.

 

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