Está a decorrer de 4 a 10 de agosto a maior actividade nacional dos escuteiros de todos os tempos.
O Acampamento Nacional regressa em Idanha-a-Nova, onde já tinha decorrido a última edição, há cinco anos. É a primeira vez que o Corpo Nacional de Escutas (CNE) repete uma localização do acampamento nacional “para poupar dinheiro”, porque a crise assim obriga, explicou o Chefe Nacional Carlos Alberto Pereira em declarações à Rádio Campanário.
E para acompanhar o início deste encontro, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, visitou o Centro Nacional de Atividades Escutistas de Idanha-a-Nova e “apadrinhou” a chegada dos 17 mil e 100 participantes e a construção da maior cidade de lona de sempre da história do escutismo português.
O governante mostrou-se confiante no papel do CNE como espaço de educação não formal e destacou o papel da organização enquanto parceiro consultivo para as políticas da juventude.
“Acima de tudo confio muito no CNE para promover este espaço de educação não formal, que é cada vez mais algo que tem de ser incentivado em Portugal, porque é aí que se formam também caráteres, que se formam pessoas, o que estão a vivenciar vai refletir-se no dia-a-dia e repercutir mais tarde nas suas vidas, como chefes de família, como profissionais, com a relação com os seus próprios amigos, e na forma como veem a vida”, disse.
O campo dos escuteiros em Idanha-a-Nova já estava infraestruturado (com eletricidade, água e saneamento) para receber 10 mil pessoas, pelo que “bastou ampliá-lo”, em vez de apostar de raiz num novo espaço. O investimento global “cai assim 75 por cento”, sublinha o Chefe Nacional. As contas permitem que cada participante pague cerca de 80 euros, em vez de um valor na casa dos 100 euros, como aconteceu no último acampamento nacional, mas a ideia principal é que “ninguém deixe de participar por falta de dinheiro”.
O Corpo Nacional de Escutas é a maior associação juvenil portuguesa, inserida e enquadrada no maior movimento juvenil mundial. Em Portugal conta com um efetivo de cerca de 60 mil jovens e 13 mil adultos. É uma associação de juventude sem fins lucrativos, não política e não-governamental, destinada à formação integral de jovens dos 6 aos 22 anos de idade, baseado na adesão voluntária a um quadro de valores expressos na Promessa e Lei escutistas, através de um método original que permite a cada jovem ser protagonista do seu próprio crescimento, para que se sinta plenamente realizado e desempenhe um papel construtivo na sociedade. Está implantado através de mais de 1100 agrupamentos locais e estruturas intermédias espalhados por todo o continente e regiões autónomas.
