José Manuel Caixa, Fisioterapeuta de profissão, natural de Évora, é um dos mais conhecidos e reconhecidos Fisioterapeutas.
Do seu percurso profissional consta a passagem por clubes desportivos, pelo Hospital do Espírito Santo em Évora, pelo Hospital de São João de Deus em Montemor-o-Novo.
Ao fim de 10 anos a exercer a sua profissão por conta de outrém arriscou e criou o seu próprio negócio, a FISIOBACELO – Centro de Fisioterapia do Bacelo em Évora, juntamente com a esposa.
A Rádio Campanário falou com José Manuel Caixa e foi conhecer o seu percurso, a importância da sua profissão para os utentes que dela necessitam e a forma como, enquanto ser humano, lida com os casos que diariamente lhe surgem.
José Caixa começou por nos referir “já são muitos anos ligado à Fisioterapia , comemorámos há pouco tempo 36 anos de curso e depois de ter passado por vários locais, ao fim de 10 anos, estabeleci-me aqui em Évora.”
Começou a trabalhar por conta própria na clínica, juntamente com a mulher, também fisioterapeuta e para este fisioterapeuta “é muito importante o contributo desta profissão, especialmente na ajuda das pessoas que nos procuram e têm sido 23 anos de trabalho árduo, mas ao mesmo tempo, gratificante pois tem sido reconhecido.”
Apesar dos anos passados José Caixa sublinha “ ainda sentimos força e alegria e prazer em receber pessoas e continuar a ajudar nas suas recuperações.”
Questionado se a Fisioterapia é nos duas de hoje cada vez mais importante tendo em conta que é, cada vez mais, recomendada por profissionais de saúde nas mais diferentes vertentes, o Fisioterapeuta de Évora destaca que “ sim, desde a parte da pediatria em que é possível uma intervenção a nível do neuro-desenvolvimento e depois na parte adulta e aí temos a parte da neurologia, muito importante ao nível dos acidentes vasculares cerebrais, traumatizados cranianos , e outra vertente que agora tem estado com grande procura e com grande exigência em termos de resposta e que tem a ver com a parte respiratória.”
As questões respiratórias encaminham a conversa para a Pandemia de Covid 19 e José Caixa aborda a pandemia de covid 19 realçando que, contando-nos como a viveu “dado ao elevado número de casos covid 19, houve necessidade de um reajuste das pessoas ao esforço e à atividade assim como á reeducação respiratória.” Apesar de tudo “conseguimos dar uma resposta e fechámos apenas dois dias .”
A FISIOBACELO – Centro de Fisioterapia do Bacelo em Évora, local de referência nesta área, dispões de serviços de fisioterapia, terapia da fala e consultas de fisiatria. José Manuel Caixa explica-nos que tanto ele como a esposa são “fisioterapeutas generalistas e que, dada a elevada procura para ajudar crianças, a sua mulher dedicou-se mais a essa área específica.”
Questionado pela Rádio Campanário se um fisioterapeuta está em constante formação, é perentório na sua resposta “ é imprescindível que assim seja pois hoje em dia , com a evolução do conhecimento e com as novas tecnologias , isso é crucial .”
Apesar das exigências o balanço de todos estes anos de profissão “é positivo” sublinhando “trabalho 12 horas por dia e só o prazer e a alegria que tenho naquilo que faço e o gosto que tenho nas minhas funções é que me ajuda a superar todo o esforço físico e mental que é exigido.”
Ainda que considere a sua profissão gratificante e se sinta realizado, nota que o passar dos anos o deixa mais sensível à forma de lidar com as emoções. José Manuel Caixa refere inclusive “do ponto de vista pessoal , noto, à medida que vou tendo mais idade e vou tendo mais experiência de vida, acho que me vou comovendo mais com os problemas que as pessoas têm” adiantando que se trata de um aspecto “estes problemas deixam-me assim, com uma lagriminha ou a fazer um esforço muito grande para ela não cair.”
Ainda assim, na opinião deste reconhecido Fisioterapeuta alentejano, “a parte psicológica é extraordinariamente importante, aquela empatia que nós conseguimos estabelecer com o utente é crucial para um ajudar a vir para cima e para o ajudar a superar as dificuldades.”
Para trás ficam os tempos passados a exercer a sua profissão nos dois grandes clubes da terra- O Juventude e o Lusitano assim como no Évora Andebol Clube, uma experiência que define “bastante enriquecedora e interessante, tempos que lhe deixam saudade” e que conserva na sua memória.
Pelas suas mãos já passaram muitos casos, uns mais fáceis do que outros. Faz questão de não os “particularizar “ seguramente porque para si, enquanto Fisioterapeuta, todos foram importantes e dentro de si, guarda um pouco de cada um deles.
