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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Subida dos custos de produção preocupa os agricultores alentejanos

O presidente da direção, a FAABA, Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo justifica que “o aumento dos preços dos combustíveis está a provocar ondas de choque nos preços de fatores de produção para a agricultura que podem conduzir à disrupção da sustentabilidade económica das explorações agrícolas e pecuárias em todo o país”.

Rui Garrido afirmou que a FAABA “está preocupada com as consequências desta realidade tanto na produção, como pelo facto de a mesma poder acarretar consequências também para os consumidores, a FAABA apela às estruturas governativas e políticas nacionais para que sejam tomadas medidas que mitiguem os efeitos do aumento dos custos de produção e da eventual perturbação da oferta”.

A Federação dos Agricultores apresenta entre vários exemplos do aumento dos preços o do gasóleo agrícola que sofreu um agravamento de 44% entre Outubro de 2020 Mas não foi apenas o gasóleo. Os adubos utilizados nas sementeiras tiveram aumentos entre 82% e 126%. Os agroquímicos e sementes sofreram o mesmo aumento de preços, entre os 25 e 40%.

A associação aponta vários exemplos de como esta escalada de preços está a afetar o secretos: “ O impacto na cultura do trigo é um exemplo paradigmático. Enquanto que na campanha do ano passado, os encargos com a cultura rondavam os 540 €/ha, este ano as contas apontam para um valor na ordem dos 815 €/ha, o que inviabiliza esta cultura, especialmente em sequeiro”., refere o comunicado dos agricultores do baixo alentejo.

As culturas permanentes e de Primavera/Verão já foram afectadas na presente campanha agrícola. O olival também não escapa ao aumento dos custos de produção que pasaram de 300 euros por hectare para, segundo a estimativa feita pela associação, para os 500 euros na próxima campanha se se mantiver a situação atual.

A finalizar o documento, a FAABA e os agricultores em geral dizem-se “muito apreensivos com esta situação”, com a direcção da estrutura federativa do Alentejo a deixar “o apelo aos responsáveis políticos que promovam medidas de apoio ao sector que possam minimizar esta escalada de preços”.

 

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