Foi encerrada na passada sexta-feira a EN254, que liga Bencatel a Vila Viçosa. Segundo as Infraestruturas de Portugal em causa está a segurança da via devido à proximidade de uma pedreira. O encerramento desta estrada tem provocado protestos por parte da população de Bencatel que se encontra indignada pelo fato da estrada ter sido encerrada sem que tivesse sido criada uma alternativa e os obriga agora, todos os que tenham que se deslocar à sede de concelho, a percorrer muitos mais quilómetros do que faziam habitualmente.
Hoje, a população voltou a juntar-se, e a fazer-se ouvir contra o encerramento desta estrada.
A Rádio Campanário falou com Lurdes Mocho, residente em Bencatel, e uma das participantes nesta acção de protesto que nos indicou” nós não queremos fechar a pedreira, queremos uma alternativa. Tiveram dois anos para prepararem as coisas, fazerem uma alternativa e nada fizeram. Cortaram a estrada e pronto. E nós fazemos o quê? Vamos trabalhar como?”
Sobre a alternativa apresentada pela Infraestruturas de Portugal que desvia o trânsito para a EN255, Lurdes Mocho referiu “Esta alternativa obriga-nos a fazer muitos mais quilómetros, cerca de 17 kms o que não é brincadeira. Ao fim do dia, contabilizando as 4 deslocações que fazemos, são muitos quilómetros.”
Lurdes Mocho questiona inclusivé se a Lei permitirá o encerramento da EN254, considerando que se trata de uma estrada nacional, e a única que liga, de forma direta, Bencatel à sede de Concelho.
Sobre o caminho alternativo que está atualmente a ser utilizado adianta “e se o proprietário quiser fechar aquela passagem?Nós fazemos o quê?” acrescentando ainda, em relação à possibilidade entretanto avançada de o proprietário da pedreira ceder uma parte do terreno para que seja construída a alternativa, “eu acho que não é viável porque aquilo não está em condições, tem uma pedreira do outro lado que ainda não está fechada.”
Lurdes Mocho termina dizendo “Têm é que fazer uma alternativa. Nós não vamos parar enquanto isso não acontecer, enquanto não a começarem a fazer. Não vamos deixar que se esqueçam de nós aqui.”