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Domingo, Abril 28, 2024

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“Temo que o assinar do acordo de devolução de dinheiros possa de alguma forma ser o atestado de óbito da obra”, diz João Grilo ex-autarca alandroalense sobre Biblioteca Municipal (c/som)

“A falta de empenhamento da câmara em resolver esse problema e em concluir a obra, foi incúria, foi descuido foi desleixo que fez com que o processo se arrastasse e depois quando o empreiteiro começou a ter problemas, a câmara não agiu rapidamente como devia para rescindir os contratos e lançar novos contratos”.

É desta forma que o ex-presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo reage quando questionado sobre o estado de degradação da Biblioteca cuja obra foi iniciada em 2005 e que deveria estar concluída no ano seguinte.

O novo edifício da biblioteca municipal de Alandroal estava programado para integrar a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, e apesar de já estar praticamente concluído, apresenta evidentes sinais de degradação nas suas instalações e equipamentos como referiu à Rádio Campanário a atual presidente do município alandroalense, Maria Chilra, “um edifício novo e está numa fase total de degradação, tetos que estão a cair aos bocados, tubagens danificadas e que vai exigir um tratamento volumoso em termos de custos”, tendo acusado o anterior executivo de nada ter feito para resolver esta situação.

João Grilo, quando questionado diz que “quando assumi funções o financiamento tinha sido perdido, a obra estava considerada inacabada e a CCDR queria de volta os dinheiros que já haviam sido investidos”, acrescentando, “enquanto vereador do senhor Nabais não tinha à minha responsabilidade os processos de obras, a única coisa que recordo é que houve um período bastante longo de três anos em que o empreiteiro tentou resolver o problema junto da câmara e a câmara na pessoa do senhor presidente não se mostrava disponível, acompanhei à distancia o arrastamento do processo até que, quando o Quadro chegou já não havia quase nada a fazer”.

“Ao longo dos quatro anos do meu mandato eu discuti este assunto com três presidentes da CCDR diferentes, o que fiz sempre foi de que era prioritário concluir a obra, acho que a câmara deverá continuar a debater-se pela conclusão da obra”, assume o ex-autarca, acrescentando, “parece-me que era de bom senso não se ter assinado a devolução dos dinheiros sem ter a contrapartida ou a garantia de que haveria no futuro uma solução para a conclusão da obra”.

João Grilo considera que “a obra ficou muito comprometida no final do mandato do senhor Nabais, temo que o assinar do acordo de devolução de dinheiros possa de alguma forma ser o atestado de óbito da obra”.

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