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“Tentei levar por diante um trabalho de equipa que de equipa pouco me pareceu, eu não vou ser um presidente a fingir”, diz Nuno Mocinha em conferência de imprensa (c/som)

O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, realizou uma conferência de imprensa esta terça-feira, 15 de julho, pelas 17 horas para explicar a crise politica instalada na câmara elvense e que levou à retirada de pelouros aos vereadores Rondão Almeida e Elsa Grilo.

O autarca iniciou a conferência de imprensa enaltecendo todo o trabalho que foi feito pelo comendador Rondão Almeida ao longo de 20 anos, “em 12 desses 20 anos como eleito sempre fui leal e colaborante, sempre achei que uma câmara municipal deve ser liderada pelo seu presidente que deve coordenar o trabalho dos restantes eleitos, o comendador Rondão Almeida como todos sabemos, foi impedido por lei de se recandidatar como presidente à Câmara Municipal de Elvas, o Partido Socialista decidiu que eu seria o cabeça de lista à câmara municipal, o mesmo é dizer candidato a presidente da mesma câmara, a votação foi muito clara”.

Nuno Mocinha continua, “o que se passou nos últimos nove meses foi tentar levar por diante um trabalho de equipa que de equipa pouco se mostrou, várias vezes fui surpreendido pela existência de projetos, propostas e ações que foram tornadas públicas sem o meu conhecimento nem sequer ouvida a minha opinião, sempre considerei que estas atitudes significavam uma falta de consideração pelo presidente da câmara e pela sua equipa”.

O presidente da Câmara Municipal de Elvas salienta que tentou por diversas vezes “junto dos meus colegas que no mínimo me informassem das decisões que iam tomando para que eu não fosse surpreendido pela comunicação social opinião pública sobre projetos e eventos que iam sendo divulgados sem o meu conhecimento e a resposta que fui obtendo e muito concretamente do senhor comendador Rondão Almeida é que não me armasse em presidente de câmara, que eu era um eleito igual aos outros e que cada um era presidente dos seus pelouros e o líder desta equipa era o próprio Rondão Almeida”.

No decorrer da conferência de imprensa, Nuno Mocinha denuncia que “foram muitas as situações que tive de passar, porem tudo tem o seu limite e considerei que esse ponto foi atingido na reunião de 9 de julho quando mais uma vez o senhor comendador Rondão Almeida me surpreendeu com um conjunto de propostas, que não pondo em causa a sua natureza eu desconhecia por completo, um presidente de câmara não pode aceitar um comportamento destes”.

Nuno Mocinha vai mais longe para dizer, “ afinal esta equipa não é leal ao presidente mas sim ao senhor comendador, tinha que tomar uma decisão, a escolha foi difícil, de um lado o que sempre evitei fazer retirar a confiança aos elementos que faziam parte da minha equipa e do outro os elvenses, foi uma decisão que não foi tomada contra ninguém, em Elvas só pode existir um presidente de câmara, tomei a decisão em consciência, mas também não estou sozinho”.

O edil diz ainda, “eu não vou ser um presidente a fingir, os elvenses elegeram-me para eu ser presidente da Câmara Municipal de Elvas, hoje é um dos dias mais difíceis da minha vida”, não equacionando “em circunstância alguma”, a sua demissão.   

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