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Domingo, Abril 28, 2024

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“Ter uma Creche, um investimento de 800m€, torna Mourão mais competitiva para atrair famílias”, diz João Fortes(c/som e fotos)

 

Decorreu hoje, pelas 16:00h, a visita de várias entidades à apresentação do projeto da obra da futura Creche Municipal de Mourão.

A Rádio Campanário marcou presença e falou com João Fortes, presidente do Município de Mourão sobre a apresentação do projeto.

Em declarações à Rádio Campanário, João Fortes começou por referir que “não poderia deixar de estar ao ouvir as crianças do primeiro ciclo, do pré escolar e também elementos da etnia cigana que aqui estiveram num projeto musical. Eu como referi no meu discurso, isto é um elemento agregador, que as pessoas de Mourão devem ter, unidas, congregadas, para podermos ir mais longe . É um dia muito feliz sem dúvida, ao longo dos anos tem se vindo a falar da creche e nunca nada aconteceu. Nós felizmente, num curso espaço de tempo, assim que tomamos posse, conseguimos consubstanciar um projeto de arquitetura, que eu queria destacar a integração com uma reabilitação num edifício já histórico do mecenas para Mourão, que foi o senhor Libano Esquivél, e esta nova valência irá permitir sem dúvida colocar nos no mapa da competitividade para atrair famílias. Isto é algo que eu tenho vivido diariamente, são famílias que qer vir para Mourão, e com dificuldade o fazem. Optam por ficar em Moura, por ficar em Reguengos, porque têm este apoio familiar. Mourão deixará de ter essa carência e essa deficiência e passará a ter lugar para 40 crianças dos zero aos três anos. Um investimento aproximado e 800 mil euros, muito mais do que o financiamento do PRR,  mas para nós é mais importante dar este apoio social e acreditar que as famílias aqui vão ser felizes”.

Questionado sobre o que vai ser feito na obra do edifício, o autarca referiu que “este edifício até agora, aborda a capacidade de resposta para o pré-escolar, dos três aos seis anos. Ele já necessita de alguma reabilitação, nomeadamente a nível dos padrões de eficiência energética. Mudaremos cachelharias, tetos falsos no núcleo central, e será criado ao lado deste edifício já histórico, um outro apoio que será a valência então, dos zero aos três anos. Esse edifício será criado numa primeira fase só como edifício, depois teremos que candidatar uma segunda parte , o equipamento de todo ele afeto ao apoio à criança, pois não estava infelizmente contemplado no aviso do PRR. É uma simbiose, é uma simbiose entre reabilitação urbana num edifício, como já mencionei, histórico, integrado na paisagem, num núcleo urbano, mas que terá também um traço de modernidade e contemporaneidade, com a criação do edifício novo de raiz, para a valência dos zero aos três anos”.

No que toca ao financiamento, o presidente da Câmara de Mourão diz que “para já, numa primeira fase, e à semelhança do que fizemos num aviso do PRR relativamente à saúde, a uma extensão de saúde, conseguimos negociar com a administração regional de saúde e fazer uma revisão do valor inicial de comparticipação em alta, passando de 140 mil para 194 mil. Neste momento estamos a criar um oficio dirigido à senhora Ministra da Coesão e da solidariedade, para tentar rever também este valor. Houve um reforço complementar do PRR  neste momento, o PRR não tem corrido como se desejaria, não tem executado tanta verba como se desejaria. Há inclusive, por experiência própria, projetos que correm risco por não haver a devida capacitação , por exemplo, a IPSS, a nível financeiro, e é isso que vamos exigir à tutela. Obviamente que faremos a obra, com recurso a capital alheio, ou seja, recorrendo à banca, para não nos privar da tesouraria que temos, que é saudável, mas no entanto tentaremos junto da tutela, dar nota que com o PRR também não funciona. Não se pode vender projetos financiados a 100%, depois quando na realidade é 50%, ainda mais baixo do que o programa operacional. Vamos acreditar na boa vontade do Governo na revisão destes aspetos, a senhora ministra, que não esteve hoje, estará para a semana na Aldeia da Inovação Social , e darei nota disso. No entanto os mouranenses que não se preocupem, porque o investimento esse, será sempre feito, independentemente de se é comparticipado ou se não é comparticipado”.

Quanto aos tempos de arranque e conclusão da obra, João Fortes refere que “neste momento, com esta sessão de hoje, queria apresentar a maqueta, principalmente a corpo educativo, e também à população, para perceberem que remodelações iriam existir no edifício. Aquilo que posso dizer é que o ICE pediu uma revisão a algumas características técnicas do projeto que estão neste momento sanadas, estamos neste momento já com o caderno de encargos para lançar o projeto de especialidades , não temos capacidade interna para  o fazer, vamos contratar uma empresa de engenharia. O valor deste projeto de especialidades rondará os 20 mil euros, após isso, quero acreditar que em outubro/novembro, a obra estará em condições de ser lançada, é a minha previsão, que conseguiremos terminar a obra até 2025. Neste momento estamos a ser fortemente pressionados para a concluir ate final de 2024, o que eu acho que é extremamente difícil. Já temos vindo a dar notas ao órgão de gestão PRR dessa dificuldade, até porque, há falta de mão de obra, há falta de empreiteiros, mas é minha crença que no primeiro/segundo trimestre de 2025, a obra estará em condições de abrir, e depois inicia se outro processo que é tentar perceber se junto de um IPSS local, de preferência a santa casa, podemos estabelecer uma colaboração para dinamizarem o espaço”.

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