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Domingo, Abril 28, 2024

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Tratamento inovador oferece esperança aos pacientes com doença de Alzheimer

Uma nova esperança surge no tratamento da doença de Alzheimer com a descoberta de um medicamento promissor. O donanemab mostrou-se capaz de retardar a progressão da doença em até 35%, permitindo que as pessoas afetadas possam continuar a desempenhar tarefas diárias, como cuidar da casa ou fazer compras.

Os resultados de um ensaio clínico com o medicamento representam uma nova era no tratamento da doença de Alzheimer, oferecendo a possibilidade de torná-la tratável, segundo a Alzheimer’s Research UK. A Alzheimer’s Society considera que esta descoberta pode ser o “princípio do fim” da doença de Alzheimer. O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) está a avaliar a utilização do medicamento no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, de acordo com a Sky News.

No estudo realizado para avaliar a eficácia e segurança do donanemab, desenvolvido pela empresa farmacêutica norte-americana Eli Lilly, foram examinadas cerca de 1800 pessoas em fase inicial da doença de Alzheimer. O medicamento atua na remoção das placas de proteína amiloide que se acumulam no cérebro dos indivíduos com a doença.

Após 76 semanas de tratamento, verificou-se que o donanemab foi capaz de abrandar o declínio clínico em 35,1% nas pessoas com Alzheimer precoce e que apresentavam níveis baixos ou médios da proteína tau. Já para aqueles com diferentes níveis desta proteína, a progressão da doença foi desacelerada em 22,3%.

No entanto, alguns efeitos secundários graves, como inchaço cerebral, foram registados em um pequeno número de participantes. Houve também ocorrência de quatro mortes relacionadas ao tratamento, sendo três no grupo que recebeu o medicamento e uma no grupo placebo. Os resultados do estudo foram publicados no Journal of the American Medical Association e apresentados na conferência internacional da Alzheimer’s Association, em Amesterdão, nos Países Baixos.

A Eli Lilly destaca que o tratamento com donanemab reduziu, em média, 84% das placas amiloides após 18 meses, em comparação com uma diminuição de apenas 1% no grupo placebo. Além disso, cerca de 47% dos participantes que receberam o medicamento e apresentavam níveis baixos ou médios de tau conseguiram estabilizar esses níveis durante um ano.

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