Decorridos os três dias de greve convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o delegado regional para o Alentejo, Armindo de Sousa Ribeiro, avançou à Rádio Campanário (RC) que o sindicato faz “um balanço positivo por um lado e negativo por outro”. Se por um lado, “os médicos uniram-se para demonstrarem a sua insatisfação”, por outro lado, o sindicalista culpa “a política que este governo tem feito” pela necessidade de recorrer à greve.
Em relação ao Alentejo, “a nível médio, cerca de 89% dos médicos nos três dias, fizeram greve”, sendo que “em Évora nós tivemos uma média de cerca de 91% de adesão à greve, nos três dias”, provocando “o adiamento de consultas e de cirurgias, o que, infelizmente, causou de certeza alguns constrangimentos aos utentes”, diz Armindo de Sousa Ribeiro. Contudo, o sindicalista dos médicos, garante que “aquilo que nós temos verificado é que os utentes estão do lado dos médicos”.
No que diz respeito aos hospitais e centros de saúde do Litoral Alentejano “nós temos uma adesão média de 92%, com as mesmas consequências”, já em “Portalegre e Elvas têm uma adesão média de 89%”, com iguais resultados e até “centros de saúde fechados”. Já em Beja, “verificou-se um progressivo aumento da adesão dos médicos à greve” com “uma média de 87% de adesão à greve”.
O delegado regional para o Alentejo do SIM garantiu ainda à RC que “se não houver um aumento dos incentivos à fixação dos médicos em zonas carenciadas, nomeadamente o Alentejo, cada vez mais vai ser mais difícil, aos utentes poderem aceder a bons, corretos, cuidados de saúde”. Por isso, “agora está do lado do governo raciocinar sobre aquilo que aconteceu nestes últimos dias e tomar as medidas para que seja reatada novamente as negociações” com os médicos.
15 Jan. 2021 Regional
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