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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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A revelação de 6 Poemas Inéditos da Poetisa Calipolense Florbela Espanca, assinala o seu aniversário (c/som)

A poetisa Florbela Espanca nasceu a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa, o seu aniversário estaria bem próximo, e a Associação Nova Acrópole vai assinalar essa data com a divulgação de seis poemas inéditos.

Florbela Espanca teve uma vida plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo, os seus trinta e seis anos de vida de escrita enriqueceram a cultura portuguesa.

Os seis “Poemas Inéditos de Florbela Espanca” serão divulgados na conferência-recital, apresentados pelo investigador e biógrafo da poetisa, autor da obra “Florbela Espanca – Vida e Alma de uma Poetisa”, José Carlos Fernández, na Nova Acrópole, dia 6 de dezembro, pelas 19h, em Lisboa, numa sessão aberta ao público, sem convites particulares, “à luz e imagem” da própria poetisa.

À Rádio Campanário, José Carlos Fernández, disse ser “uma alegria poder resgatar, ao fim quase de 80 anos poemas inéditos, que nunca foram lidos, que estão na posse de Severina Gonçalves, investigador, mas que espera poderem ser editados, enquanto não são estarão disponíveis para consulta na página da Associação.” Frisa ainda “ser uma forma de assinalar o seu aniversário, de uma forma que enriquece o património cultural, com poemas que transcrevem uma tristeza e saudade, caraterísticas da poetisa, que por si só já são riquíssimos”.

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Registada Flor Bela de Alma da Conceição Espanca começou a escrever cedo, tendo sido das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o liceu, designadamente Garcia de Resende, em Évora, onde conheceu aquele com quem casou em 1913. Dois anos mais tarde, e após vicissitudes várias, no redondo, Florbela Espanca colige os 85 poemas e três contos, iniciando o projeto “Trocando Olhares”. Escreveu contos, um diário e epístolas, traduziu vários romances, mas foi como poetisa que se celebrizou, especialmente pelo culto do soneto.

 

Em vida a poetisa calipolense editou “Livro de Mágoas, em 1919, “Livro de Soror Saudade”, em 1923 e após a sua morte foram editados “Charneca em Flor”, “Juvenília” e “Reliquiae”.

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