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Sábado, Abril 27, 2024

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Alentejanos foram os que mais contribuíram para a redução na despesa de transporte de doentes (c/som)

O Alentejo foi a região do país que mais contribuiu para atingir a meta delineada pela troika, para reduzir a despesa em transporte de doentes não urgentes em 2013.

Foi nesta região do país que a despesa mais baixou, passando de 4,8 milhões de euros em 2011 para 1,9 milhões em 2013, o que significa um corte de quase dois terços.

No entanto “é com tristeza” que o Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora (FBDE) vê estes números. Inácio Esperança disse à Rádio Campanário que “foram os alentejanos e principalmente os idosos, os pobres, e os que menos voz têm os prejudicados pela redução de transporte”.

O responsável continua dizendo que desde há algum tempo que vinha deixando alertas, quando começaram a existir doentes que não estavam a ser devidamente acompanhados, porque “havia que cumprir a meta”.

Inácio Esperança refere ainda que esta situação também se reflete nas associações de bombeiros “que viram reduzidos os seus quadros e as pessoas que nelas trabalham e assim a qualidade do socorro às populações só se mantêm com muito esforço”.

O Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora (FBDE) vai mais longe para dizer que houve “muitos” serviços que não foram realizados tendo denunciado a situação ao longo dos tempos, acrescentando que as dificuldades de algumas associações “são imensas”, podendo colocar “em perigo o socorro às populações”.

Inácio Esperança finaliza deixando um apelo aos dirigentes regionais para que “pudessem agora, visto que foram os melhor comportados na luta contra o défice, que conseguissem trazer para a região os créditos que conseguiram, sacrificando as pessoas”.

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Os dados agora apresentados mostram que no ano passado o Estado gastou 49,5 milhões de euros no transporte de doentes não urgentes, menos um terço que há dois anos, 72 milhões de euros, a meta exigida pela troika.

Em 2011, antes d serem revistas as regras de comparticipação de transporte não urgentes em ambulância que aumentaram o co-pagamento dos doentes, o Estado gastou 72 milhões de euros nesta área.

A região Centro foi onde reduziu menos.

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