A Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) acaba de lançar a marca Cereais do Alentejo, por ocasião do 20.º aniversário do Clube Português dos Cereais de Qualidade, e prevê gerar um volume de negócios no valor de 2,5 milhões de euros no período de dois anos, ao envolver cerca de dez mil toneladas de cereal, abrangendo uma área cultivada de mais de 3.300 hectares.
Além de assumir um papel agregador na fileira dos cereais, a marca Cereais do Alentejo pretende contribuir para o desenvolvimento económico e social do País através da redução da dependência alimentar externa e da consolidação e do aumento das áreas de produção.
Para José Pereira Palha, presidente da ANPOC, a criação da marca Cereais do Alentejo enquadra-se na Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais em Portugal “num contexto em que a segurança alimentar e a saúde pública têm vindo a tornar cada vez mais exigentes normas que garantam a proveniência dos produtos agroalimentares. E, neste em particular, o fator portugalidade e o reconhecimento do valor dos nossos produtos têm um peso importante”.
O responsável explica que os cereais são vistos como commodities, o que faz aumentar a sua dependência perante os mercados internacionais. José Pereira Palha recorda que nos últimos 30 anos “a área de produção em Portugal baixou de 900 mil hectares para cerca de 200 mil” e para contrariar “há que inverter esta tendência e tornar o setor mais atrativo”.
Na fase de arranque da nova marca, a associação celebrou já um contrato com a Germen, uma das maiores empresas de moagem de cereais em Portugal, e com a Sonae para a comercialização de produtos produzidos com cereais do Alentejo, assim como um protocolo com a Cerealis e a Auchan também para a comercialização.
Ao todo, constituem a marca cinco organizações de produtores associadas da ANPOC: a Cersul – Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, a Cooperativa Agrícola de Beringel, a GlobAlqueva e a Procereais.
