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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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Especialistas em alterações climáticas prevêem desertificação do Sul e um país sem sobreiros e azinheiras

Por estes dias, o Alentejo tem registado temperaturas algo elevadas comparadas a anos anteriores, e á semelhança desta região, o mundo aquece, o Ártico derrete e a Antártida fica um bocadinho mais verde.

No Alentejo há sobreiros e azinheiras a morrer, as ondas de calor são mais frequentes, a chuva já não caí como antes, o Inverno é mais curto e as zonas florestais, não só na região mas em todo o território, tem vindo a ser consumida por incêndios e consequentemente a diminuir.

Especialistas em alterações climáticas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa destacam a diminuição da precipitação, acompanhada de uma mudança do seu regime, em que se traduz numa diminuição de 40 milímetros por década, ao longo dos últimos 40 anos.

Os especialistas indicam impactos muito significativos na agricultura e também no montado, e notam que o padrão da chuva mudou, em que ao chover, chove muito e durante pouco tempo, significando muitas vezes, cidades inundadas por cheias.

Quanto às ondas de calor, que a serem mais frequentes, as temperaturas serão mais altas com menor precipitação, aumentando o risco de incêndio florestal, o que faz com que Portugal seja o único país do Sul da Europa em que a área florestal está a diminuir.

Portugal, muitas vezes é considerado um cantinho da Europa bem agradável, tem a desvantagem da subida do mar.

Os Especialistas em alterações climáticas, indicam ainda que, a não cumprir-se o Acordo de Paris o futuro do Sul de Portugal e de Espanha apresenta uma grande tendência para a desertificação, prevendo que daqui a uma centena de anos, poderemos ter um país sem montado, sem sobreiros e sem azinheiras.

 

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