Decorreu este sábado o segundo e último dia do 3º Congresso da AMAlentejo, que este ano escolheu Estremoz para a realização do congresso.
Na tarde deste sábado, no Teatro Bernardim Ribeiro, um dos temas que esteve em destaque foi as atuais opções agrícolas de gestão do solo e da água no Alentejo Ricardo Serralheiro , e quie contou com a intervenção de Ricardo Serralheiro – Professor Catedrático / MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora.
Depois de feita uma exposição pelo Orador, no público, João Andrade Santos, antigo Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, interviu a propósito do tema referindo “todos sabemos a utilização que está a ser dada a estes recursos importantíssimos do Alentejo - solos agrícola e água- e a riqueza que está a ser criada”. Mas João Andrade Santos vai mais longe “temos a noção de como essa riqueza , sendo estas explorações superintensivas, basicamente um agro negócio com capital estrangeiro, como esse valor acrescentado surge e como o lucro rapidamente sai das nossas fronteiras.”
O interveniente realçou ainda “a preocupação pela forma como se reduziu a população em menos 12%” acrescentando contudo “mas alguém está lá para trabalhar os campos.”
“Em termos económicos, os grandes regadios, de monoculturas de Alqueva são também um grande ponto de interrogação o que nos faz chegar a uma conclusão: assim como há algumas décadas" acrescentou.
"Portugal impunha os seus territórios coloniais de monoculturas como o algodão, nós agora começamos a ter aqui uma exploração económica de recursos importantes – solo e água- que é um pouco uma exploração de tipo colonial de tal forma que começamos a não ter estruturas do estado que as acompanhem para as licenciar, para ver qual é a sua utilidade e para verem se podem ser autorizadas” sublinhou também o antigo Presidente da ERT.
João Andrade Santos sublinha a intervenção de Ricardo Serralheiro e diz que a mesma “é um alerta para que nós não queiramos ser um País colonizado por esses capitais que chegam cá estragam esses recursos hídricos e quando estiverem com uma produção baixa , enrolam a tenda e vão estragar os recursos hídricos e solos para outra parte do mundo" e conclui referindo “era importante o governo percebesse que a salvaguarda da nossa independência alimentar, que é estratégica, possa ser assegurada também pela capacidade técnica dos serviços públicos e que essa seja uma recomendação deste congresso.”
07 Jun. 2023 Regional
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