“Pode não haver carne portuguesa no Natal”. O aviso é feito pela Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC), que refere a greve agendada pelos trabalhadores em funções públicas, que inclui os inspetores sanitário, está agendada para o período mais festivo do ano, de 19 a 30 de dezembro de 2022.
A associação reforça, em comunicado, que sem a presença dos médicos veterinários oficiais da Direção Geral de Alimentação e Veterinária ou das autarquias, não podem ser feitos abates de animais, “sob pena de o operador económico incorrer num crime contra a saúde pública, considerado abate clandestino, cuja punição consubstancia-se em pena de prisão.
De acordo com a APIC, os constrangimentos ao normal funcionamento dos matadouros decorrem há vários anos devido ao insuficiente número de médicos veterinários oficiais para efetuar inspeção sanitária nos matadouros, colocando em sério risco a capacidade de manterem os postos de trabalho e a sustentabilidade económica.
“Com esta greve dos médicos veterinários a ocorrer neste período festivo, ou não teremos abates suficientes para colocar nas nossas mesas o leitão ou o cabrito, ou teremos que adquirir carne oriunda dos matadouros de Espanha”, refere a APIC, apelando ao Governo para intervenha neste caso.
