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É “muito preocupante” a taxa de progressão dos estudos no ensino profissional no Alentejo, diz secretária de Estado (c/som e fotos)

O Centro de Ciência Viva (CCV), em Estremoz, e o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) assinaram, esta sexta-feira (18 de maio), um protocolo de colaboração que pretende, de acordo com a estratégia do Governo, estimular os jovens do ensino secundário, e em especial os das escolas profissionais, para a importância de progredirem os seus estudos a nível superior.

Na assinatura do protocolo, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo, realça que, no Alentejo, os valores de progressão dos estudos são “muito preocupantes”, onde existem concelhos que “não passam um aluno do ensino profissional para o ensino superior”, sublinhou.

Para a secretaria de estado, a percentagem de progressão no Alentejo é preocupante, relembrando que “pessoas com formação superior têm cerca de 85% mais de probabilidades de terem emprego”, daí, seja essencial que “a formação seja assumida como um objetivo, interligando escolas com ensino superior e autarquias com as empresas”, disse.

Questionada sobre o trabalho sazonal, Fernanda Rollo refere que a “área da restauração é, neste momento, muito preocupante”, em que “quase 90% dos jovens não prosseguem para o superior”.

Também à RC, Rui Dias, diretor executivo CCV, refere que o protocolo agora assinado “vem no seguimento do que, quer o CVV e os seus associados, quer o politécnico, já faziam nas suas atividades normais de delegação”.

Através desta colaboração, as instituições vão “agarrar nas atividades que já fazíam e criar novas”, que serão colocadas em prática “no próximo ano letivo”, o que “não significa que as atividades não vão começar antes”, disse.

Luís Loures, vice-presidente do IPP, sublinha que as instituições “já tinham alguma colaboração, mas não a criação de uma fileira formativa direta do ensino profissional para o ensino superior”.

Pretende-se com este compromisso “reforçar a competência do ponto de vista técnico-científico na criação de oferta formativa que possa estar alinhada com o ensino profissional que se faz a nível regional e criar condições para divulgar”, sublinhando que, muitas vezes, os alunos do ensino profissional “não conhecem, porque também não lhes é dada a possibilidade de acederem a essa informação, aquilo que são as oportunidades ou alternativas de pró execução de estudos”, lamentou.

O IPP “cobre a totalidade daquilo que existe no profissional” no Alentejo, realçou o responsável, reiterando que a “taxa de progressão é de 16%, que comparativamente aos cursos cientifico-humanísticos têm valores acima dos 80%”, algo que considera “especialmente dramático porque estes alunos não encontram um emprego na área profissional onde estiveram a fazer formação”.

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