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“Gastamos muito tempo a fazer críticas e muito pouco a construir soluções para o Alentejo”, diz porta-voz do Movimento Melhor Alentejo (c/som e fotos)

Governantes, empresários, autarcas e académicos, reuniram-se esta quarta-feira (19 de setembro), no 2º Congresso Melhor Alentejo, em Portalegre, para debater e construir soluções para os problemas da região, ao nível da hidrografia, demografia, turismo e acessibilidades.

Sob o lema «Juntos somos Melhor Alentejo», o congresso do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo, contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Pedro Marques, ministro das Infraestruturas.

Os painéis contaram com representes de entidades de vários setores, como Rita Nabeiro, CEO da Adega Mayor, Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, António Serrano, CEO da Jerónimo Martins e Miguel Miranda, IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera).

Em declarações à RC, Manuel Valadas, porta-voz do movimento, faz um balanço positivo da iniciativa, afirmando que foram debatidos os quatro temas “que são importantes para a nossa região”.

Mais aponta que ficou patente “a disponibilidade dos alentejanos em se unirem” por um “Alentejo cada vez mais agregador”, assim como a perceção por parte do poder político de que “a cidadania não critica, constrói soluções”.

 “O poder político dá-se conta de que a cidadania não critica, constrói soluções”

 

 

Desta forma, Manuel Valadas afirma que “o movimento de cidadania começa a merecer o respeito das pessoas, e a contribuir para uma agregação do nosso Alentejo”.

Esta união deve respeitar as especificidades de cada sub-região, para um trabalho conjunto em prol da criação de condições de emprego qualificado, nomeadamente para os jovens, mostrando indignação com o facto de em Portugal, “mais de 52% do nível salarial de um jovem” se encontrar “nos 580€”, o que dificulta o desenvolvimento da sua vida familiar e profissional.

A construção da Barragem do Pisão, reivindicada por vários autarcas e empresários da região, foi um tema que esteve “no centro das atenções políticas” durante o congresso, declara, afirmando ser necessária como alternativa de combate às alterações climáticas.

Manuel Valadas alerta para o facto de, caso não sejam tomadas medidas atempadamente, “o Alentejo dentro de 60 anos pode ser um deserto”.

 No futuro “podemos ter as barragens, mas podemos não ter é água”

Tendo o congresso contado com a presença de Guillermo Fernández Vara, presidente da Junta da Estremadura (Espanha), o porta-voz do movimento avança a necessidade da criação de um plano estratégico entre os dois países ibéricos, no âmbito da água. “Se estivermos juntos valemos 5 vezes mais”, nomeadamente “junto de Bruxelas”.

Como conclusão da iniciativa, o porta-voz do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo, destaca que “se estivermos unidos, o poder político vai ter uma resposta diferente”.

Esta união é imprescindível considerando que a região Alentejo tem 33% do território nacional, mas apenas 5% da população, desta forma, “como não temos votos, não temos prioridade”, defende.

Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, integrava o programa no âmbito da «A configuração da agricultura  no futuro do Alentejo». Contudo, não pode comparecer à sessão por compromissos inerentes à criação da Câmara de Agricultura Luso-Angolana. 

 

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