A maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, foi classificada no passado dia 30 de Junho, como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais na 36. sessão do Comité do Património Mundial, reunido em São Petersburgo, na Rússia.
Para assinalar tão importante distinção o Município de Elvas pretende promover diversas iniciativas ao longo do ano, e esta sexta feira na Praça da República, teve lugar um espetáculo com o grupo “Sons Ardentes”.
Em declarações à Rádio Campanário Rondão Almeida mostrou-se feliz pelo reconhecimento, enumerou as muitas felicitações recebidas e mostrou o seu descontentamento pelo facto do Primeiro Ministro e Presidente da Republica não se terem pronunciado.
{saudioplayer}http://www.radiocampanario.com/sons/rondao%20sexta.MP3{/saudioplayer}
O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.
As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela Unesco.
Foram classificadas todas as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças.