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Universidade de Évora atribuí prémio Vergílio Ferreira a Carlos Reis

A escolha para o Prémio Vergílio Ferreira recaiu este ano sobre Carlos Reis, um dos mais relevantes ensaístas da atualidade. Este galardão, instituído pela Universidade de Évora em 1996, incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tenha distinguido nos domínios da ficção ou do ensaio.

 

Numa edição que contou com nomeações oriundas de 16 instituições de 4 países, o júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Vergílio Ferreira ao ensaísta Carlos Reis, “pelo seu pelo seu notável contributo no domínio do ensino da Literatura, dos Estudos Literários, e da divulgação internacional da Língua e da Cultura portuguesas”.

Considerado um renovador dos Estudos Literários em Portugal desde o último terço do século XX, Carlos Reis é autor de uma vasta bibliografia de mais de duas centenas de títulos em várias áreas de pesquisa, desde os estudos queirosianos e estudos saramaguianos à teoria e didática da literatura. “A dimensão fortemente cosmopolita que sobressai em todas as suas áreas de trabalho e (…) a atenção continuada à defesa da Língua Portuguesa, sobre a qual estabeleceu um pensamento estratégico, publicado e discutido” são mais dois dos fundamentos da sua nomeação ao Prémio.

O júri do Prémio que pretende homenagear o escritor de “Aparição” é presidido por Antonio Sáez Delgado e composto, nesta edição, por Pedro Serra (Prof. Faculdade de Filologia da Universidade de Salamanca), Ana Paula Arnaut (Profª. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Cristina Firmino Santos (Prof. Universidade de Évora) e Anabela Mota Ribeiro (Crítica Literária).

A cerimónia de entrega do Prémio Vergílio Ferreira acontece no dia de 1 março, data em que se assinala a morte do escritor, contando com as habituais intervenções do galardoado, do júri e da reitora da Universidade de Évora.

Recorde-se que o Prémio Vergílio Ferreira foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia, Lídia Jorge, João de Melo, Gonçalo M. Tavares, tendo, na anterior edição, atravessado o Atlântico, para distinguir Nelida Pinõn.

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