A Universidade de Évora (UÉ) e a empresa SDAC – Soluções Digitais de Apoio às Comunidades vão implementar uma unidade de produção com vista à primeira Infraestrutura Pública Digital móvel, designada por ‘Tablet Comunitário’.
Em nota enviada á nossa redação, a Academia Alentejana refere que esta infraestrutura foi considerada pela ITU, a agência especializada das Nações Unidas para as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC`s), como a solução adequada para transpor o fosso digital e combater a exclusão nos países em desenvolvimento.
Um dos objetivos do “Tablet Comunitário’, explica, visa promover o acesso universal às TICs nas comunidades remotas e isoladas, com uma metodologia baseada no Universal Design for Learning que se destaca por considerar as necessidades de todos os cidadãos, independentemente da idade, habilidade ou nível de literacia, enquanto privilegia as necessidades dos mais vulneráveis, com especial foco nos que apresentam algum tipo de deficiência, pessoas com mobilidade reduzida ou com outras necessidades específicas.
Dayn Amade, diretor geral da SDAC, vê nesta parceria a oportunidade ideal para o contínuo aperfeiçoamento do ‘Tablet Comunitário’ que, desde 2016, alcançou mais de dois milhões de cidadãos em Moçambique: “pretendemos, em conjunto, aprimorar este conceito. A título de exemplo, poderão ser criadas lojas móveis e interativas como forma de atender às necessidades do cidadão, sem que tenha que percorrer longas distâncias para obter o vasto conjunto de
Para Paulo Quaresma, vice-reitor para a Investigação, Inovação e Internacionalização, da Universidade de Évora, esta parceria permitirá, através da criação de uma equipa multidisciplinar, o desenvolvimento de um protótipo funcional de uma infraestrutura digital móvel – o “tablet comunitário” – com capacidade de ser movimentado e colocado em locais em que haja um reduzido ou inexistente serviço público digital”, considerando ainda que esta iniciativa “contribui de uma forma paradigmática para o cumprimento de uma das missões da Universidade: a transferência e a socialização do conhecimento”.
Esta Infraestrutura Pública Digital dá resposta às principais preocupações e recomendações da comunidade internacional no referente à agenda de transformação digital, respeitando o desafio do combate às alterações climáticas seja pela reutilização de baterias elétricas, seja pelo uso de plástico reciclado na construção da plataforma.
Com um relevante contributo para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e para a construção de sociedades mais inclusivas e participadas, a Universidade de Évora passa, assim, a constituir o centro de conversão multidisciplinar e de I&D para a maximização das funcionalidades e potencialidades desta solução ecológica, para uma versão melhorada do protótipo existente – a versão final pronta para escala.
A assinatura do protocolo de cooperação entre a Universidade de Évora e a empresa SDAC decorreu no passado dia 31 de outubro, na reitoria da Universidade de Évora, entre Paulo Quaresma, vice-reitor para a Investigação, Inovação e Internacionalização e Dayn Amade, diretor geral da SDAC.
