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Sábado, Abril 27, 2024

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“Vejo o futuro com alguma preocupação”, diz Rui Sá

Educação é uma das áreas que mais alterações tem sofrido desde que foi conhecida a verdadeira situação financeira do país. Para este fato contribuem vários fatores, tal como as medidas previstas para os diferentes anos de ensino, entre as quais está a proposta do Ministério da Educação e Ciência que prevê a formação de novos agrupamentos de escolas, os apelidados “mega-agrupamentos” que englobam em grandes unidades organizacionais, um número elevado de alunos.

Alterações também são vividas no ensino superior: desde 2003 que as propinas são atualizadas de acordo com a inflação média registada no ano anterior. O valor máximo fixado pelas universidades públicas para este ano letivo foi de 1.037 euros, valor record, sendo que a reitora da Universidade de Lisboa já declarou, no início de 2013, que o aumento das propinas para um valor máximo de 1.066 euros é “problemático”, mas “quase inevitável”.

A estas situações acrescenta-se a situação socioeconómica do país, as alterações na Função Púbica e a diminuição do poder de compra das famílias, o que já está a ter consequências no acesso ao ensino público.

Com o objetivo de melhor compreender a realidade daqueles que estão mais perto destas situações, a Rádio Campanário visitou a Escola Secundária Públia Hortência de Castro, em Vila Viçosa, que este ano integra o mega-agrupamento, onde falou com o presidente do agrupamento, Rui Sá, sobre algumas diferenças que distinguem o ensino público do privado.

O presidente salientou as diferenças financeiras, mas garantiu que projetos como os Territórios Educativos de Intervenção Prioritária permitem a obtenção de alguns apoios para fazer face à diversidade de alunos na escola pública.

Rui Sá referiu que já se notam algumas dificuldades que as famílias atravessam para manterem os alunos no ensino secundário, o que o faz olhar para o futuro com alguma preocupação, uma vez que existe um grande esforço na formação dos jovens, mas depois não há oportunidades profissionais.

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Esta Estação Emissora falou também com vários alunos a frequentar o 12ºano. Sandra Grenho revelou-nos que pretende prosseguir o percurso académico no ensino superior público. A estudante sublinhou que caso não hajam oportunidades profissionais no futuro, considera difícil a permanência no país.

As diferenças entre ensino público e ensino privado também foram tema de conversa, que na opinião de Sandra diferem no objetivo. A adolescente considerou ainda que a haver um maior contacto entre estudantes, empregadores e instituições de ensino superior, ainda antes do ingresso no ensino universitário, tal revelar-se-ia uma mais valia para todos.

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