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Domingo, Abril 28, 2024

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“A dívida à corporação é de 100m€;o transporte não urgente de doentes pode estar em risco”diz Comandante dos Bombeiros de Évora(c/som)

O aumento do custo dos combustíveis e o aumento da inflação, enquadrados no contexto internacional que vivemos devido ao conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, trouxe um aumento generalizado do custo de vida para os Portugueses, afetando não só as famílias mas também as empresas.

As corporações de Bombeiros Voluntários não são excepção.

As Associações humanitárias vêm-se a braços com dificuldades, devido sobretudo ao aumento do preço do combustível, mas também relativamente aos pagamentos em atraso por parte do estado, referentes ao transporte não urgente de doentes.

O Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, manifesta preocupação pela situação de algumas corporações de Bombeiros em específico, nomeadamente a corporação dos Bombeiros de Évora.

A Rádio Campanário falou com o Comandante desta corporação, Rogério Santos, sobre o ponto de situação destes pagamentos e as principais dificuldades sentidas pela Associação Humanitária.

Rogério Santos começa por nos referir “a nossa situação é igual à das restantes corporações do País, pois em chegando a esta altura do Ano o Ministério da Saúde e os Hospitais começam a não ter verbas disponíveis, começando os pagamento a ser transferidos para Janeiro do ano seguinte.”

Esta situação “gera complicação em trabalhar assim porque temos vencimentos para pagar e não nos resta outra alternativa a não ser recorrer aos bancos e aos empréstimos” refere o comandante.

No que diz respeito ao caso de Évora, referente aos pagamento em atraso relativo ao transporte de doentes não urgentes,refere,  “o montante em dívida ronda os cem mil euros, o que para uma corporação composta por 43 elementos é complicado de gerir.”

O Comandante dos Bombeiros de Évora salienta ainda que o maior problema “é o aumento do preço dos combustíveis” acrescentando que os valores contratualizados com o estado por km, são discrepantes face ao valor real pago pelas corporações” situação que, como refere, “deverá agudizar-se no próximo ano.”

Questionado se o atraso do pagamento destas verbas pode comprometer o quadro de pessoal, dando origem a despedimentos, Rogério Santos refere “por enquanto não estão a pensar nisso porque não podemos colocar o socorro em causa, mas o transporte de doentes não urgente poderá estar em causa, caso a situação não se resolva em breve, apesar dos serviços de transporte de fdoentes para tratamentos de radioterapia, quimioterapia, ou situações que coloquem em causa a vida das pessoas, esses, apesar das dificuldades , nunca deixarão de ser feitos.”

 

 

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