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Abutre-preto reproduz-se com sucesso no Alentejo, pela terceira vez, em 40 anos

O Abutre-preto, a maior ave de rapina da Europa, está classificado como espécie Criticamente Em Perigo de Extinção, existindo apenas cerca de vinte casais da espécie, a nidificar em Portugal.

Estes exemplares da espécie encontram-se concentrados em três núcleos, Tejo Internacional, Douro Internacional e Baixo Alentejo.

Na Herdade da Contenda, concelho de Moura, no núcleo do Baixo Alentejo, nidificam de três a quatro casais de abutre-preto. Um deles, teve este ano uma cria fêmea, anilhada com a designação 7M, que se encontra agora com três meses de vida, em perfeitas condições físicas, prevendo-se estar capaz de voar, no próximo mês.

Esta cria, 7M, foi a segunda cria fêmea de abutre-preto a nascer no Alentejo, em 40 anos, depois de 7E, em 2015. Em 2016, nasceu uma cria macho no núcleo do Baixo Alentejo, 7K. Ambos continuam a ser avistados na região do Baixo Alentejo.

No presente ano, outro dos casais de abutre-preto nidificantes na Herdade da Contenda, tive uma cria, mas a mesma faleceu com poucos dias de vida, com causas da morte ainda por apurar.

A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) tem trabalhado, com o apoio da herdade, para a preservação da espécie, no âmbito do Projeto Life Lince Abutre. Neste sentido, entre 2010 e 2014, a LPN instalou 12 ninhos artificiais para abutre-preto, na Herdade da Contenda. Dos casais atualmente instalados no núcleo, apenas um utiliza ninho natural, e os restantes, instalaram-se nestes ninhos artificiais.

A escolha da herdade, para além da intenção da criação de um núcleo na região, prendeu-se com as condições conferidas pela mesma. Espaço com mais de 5000 hectares, contém a alimentação e vegetação atrativas para a espécie, assim como árvores de grande porte, adequadas aos ninhos da espécie.

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