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Quarta-feira, Outubro 9, 2024

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Alunos portugueses 2 Mil Milhões de Euros abaixo da média da OCDE! Diz Presidente do SPZS Manuel Nobre (c/som)

    Realizou-se hoje a greve dos professores. O protesto visa exigir a valorização da carreira docente, combater a precariedade e rejuvenescer a o setor.
  

    Em declarações à Rádio Campanário o Professor Manuel Nobre, Presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul, lamenta a falta de investimento do Estado num setor pilar da nação. “O Governo propõe um aumento de 2% apenas numa profissão em que nos últimos 12 anos os professores perderam mais de 20% do poder de compra. Isto é uma situação insustentável, ainda mais quando a OCDE(…) diz que os alunos em portugal recebem menos 1500 euros do que a média dos países da OCDE. Multiplicando pelo número de  alunos que há no país, daria qualquer coisa como 2 mil milhões de euros (…) que eram necessários (…) (isto só) para ficar na média!”
    

    O que propõe então o Governo para 2023? “Um corte de 600 milhões (…) que tem reflexo na qualidade do ensino e nos resultados dos alunos.”
    O Presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul comenta também as repercussões deste “desinvestimento” no Alentejo, mais concretamente. “A zona do Alentejo é a zona onde a falta de professores acaba por ser mais visível. As escolas são pequenas, os horários são pequenos, as distâncias são muito grandes (…)nós apresentámos propostas por diversas vezes ao Governo, para atrair professores (…) O Governo pura e simplesmente ignora. A solução para o problema é investir-se na educação corretamente.”
    

    Com estas razões, o Professor Manuel Nobre justifica o envelhecimento dos corpos docentes, sendo que não existe um apelo para jovens que queiram seguir a carreira. “O Tribunal de Contas diz que (…) no próximo ano 2023 (…) (atinge) o valor mais baixo da década em PIB para a educação.” 
    

    Em conclusão à entrevista com a Rádio Campanário o Professor Manuel Nobre garante que “a luta é o caminho. Esperamos que os professores correspondam (…) porque não podemos ficar por aqui.”

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