Mais de mil operacionais permanecem hoje envolvidos na luta contra o incêndio que assola a região de Odemira desde o último sábado, 5 de agosto. As condições meteorológicas durante a noite, incluindo um aumento da humidade, proporcionaram uma trégua momentânea, mas não resultaram em progressos significativos no combate às chamas.
Segundo informações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a situação será detalhada durante um briefing programado para as 11h30 de hoje, em Odemira. Desde o seu início, o incêndio já devastou uma área de aproximadamente 10 mil hectares.
Os dados disponíveis às 07h45 no site da ANEPC revelam a mobilização de 1.077 operacionais, apoiados por 367 viaturas, na linha de frente do combate às chamas. Originado em São Teotónio, concelho de Odemira, o fogo manteve ao final da noite de terça-feira duas frentes ativas, forçando as autoridades a estender a sua cobertura por um perímetro de 50 quilômetros.
Durante uma conferência de imprensa realizada às 19h30 de terça-feira, a proteção civil destacou que a frente norte, situada em Odemira (distrito de Beja, Alentejo), não apresentava complicações significativas. Entretanto, a frente sul, próxima aos municípios algarvios de Aljezur e Monchique (distrito de Faro), suscitava maior preocupação devido a duas situações mais críticas.
No âmbito das operações de evacuação, a Guarda Nacional Republicana (GNR) conduziu, de forma preventiva, um total de 1.459 pessoas para os pontos de acolhimento estabelecidos. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) prestou assistência a 36 indivíduos no terreno, a maioria dos quais pertencia às forças de proteção civil. Adicionalmente, oito pessoas, incluindo cinco bombeiros e três civis, receberam atendimento hospitalar, embora sem apresentarem quadros de gravidade.
Uma das principais preocupações das autoridades é impedir que as chamas atinjam a vasta serra de Monchique, uma área fortemente afetada por incêndios em anos anteriores, notadamente em 2018.
Fonte: Rádio Voz Planície