A construção do novo Hospital Central de Évora continua a ser uma preocupação dos autarcas do distrito de Évora.
A conclusão da obra estava prevista para 2014 e em 2010 a presidente do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo, Filomena Mendes, garantia à Rádio Campanário que o projeto técnico e de arquitetura do novo hospital estavam a ser desenvolvidos, pelo que não havia “qualquer entrave a que o projeto continue a ser desenvolvido e seja entregue nos prazos previstos".
Em 2011, contudo, o investimento em Évora foi apontado como um dos empreendimentos a cancelar devido à presença do FMI em Portugal.
Agora, a convite do Concelho de Administração do Hospital do Espírito Santo em Évora, decorreu uma reunião com os presidentes das Câmaras Municipais do Alentejo Central, neste hospital.
Em declarações à Rádio Campanário, José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e vice-presidente da CIMAC, referiu que não é a primeira vez que os autarcas reúnem com a Administração do Hospital.
Segundo José Calixto, na reunião, os autarcas aperceberam-se “das dificuldades que cerca de 1500 funcionários, médicos, técnicos, administrativos, passam todos os dias num conjunto de edifícios que não está minimamente adaptado a um Hospital Central moderno como o Alentejo merece ter, e foi esse o objetivo, vermos o que se está a passar neste momento e as dificuldades com que os técnicos profissionais se deparam nalguns setores do hospital, ver a vontade e o esforço que eles fazem, e mesmo assim terem serviços sem nenhumas condições em termos físicos, mas em termos humanos muito desenvolvidos e certificados por diversas instituições”.
José Calixto acrescenta que a reunião serviu também para tomarem “contacto mais direto com o projeto do novo Hospital Central de Évora, que tem uma maturidade já bastante avançada. O projeto técnico está completamente fechado, a arquitetura, todas as vertentes técnicas, e a região tem neste momento um projeto com uma maturidade bastante grande”.
O autarca salienta que foi manifestado ao Conselho Administrativo do Hospital do Espirito Santo de Évora, que existe vontade politica para avançar com a obra, existindo, no entanto, a necessidade de “ultrapassar o enquadramento financeiro".
Apesar disso, José Calixto expressa que o que mais preocupa os autarcas, “e que a tutela do Ministério da Saúde está a tentar tratar, é o enquadramento financeiro, porque como sabemos, no anterior Quadro Comunitário, não foi minimamente previsto esta obra fundamental para a região e é isso que neste momento tem que ser salvaguardado, porque também neste Quadro Comunitário, não foi minimamente considerado como obra prioritária”.
Acrescenta que “foi uma reunião bastante produtiva" porque o que está em causa é reduzir todos os anos "cerca de 30 milhões de euros que o Serviço Nacional de Saúde consome nas deslocações a clinicas privadas da região de Lisboa e Vale do Tejo, e esses custos deixariam de existir”.