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Câmara de Estremoz envia 24 toneladas de bens essenciais para Khotyn

A Câmara de Estremoz, no distrito de Évora, vai enviar 24 toneladas de bens essenciais para a cidade ucraniana de Khotyn, após ter recebido um pedido de ajuda do autarca local, revelou hoje fonte do município.

A vice-presidente da autarquia alentejana, Sónia Caldeira, que tem o pelouro da Ação Social, indicou à agência Lusa que o apoio humanitário que está a ser recolhido no concelho vai seguir, no sábado, num camião TIR, para esta cidade do sul da Ucrânia.

“Khotyn é uma cidade que pertence à Rede Europeia dos Sítios da Paz, tal como Estremoz, e foi através desta rede que recebemos um apelo do presidente da câmara” local, explicou a autarca.

Segundo Sónia Caldeira, o autarca ucraniano pediu ajuda ao Município de Estremoz, uma vez que estão a chegar a Khotyn pessoas deslocadas “de outras cidades mais a norte” do país e “precisam muito de apoio”.

“A recolha de bens está a ser feita até quinta-feira e contamos que um camião TIR parta, no sábado, ao final do dia, do parque de feiras de Estremoz, onde estamos a implementar toda esta logística, com cerca de 24 toneladas de bens”, adiantou.

A autarca alentejana precisou que o material recolhido em Estremoz deverá ser entregue às autoridades da autarquia de Khotyn, no início da próxima semana.

A entrega vai acontecer na fronteira da Roménia com a Ucrânia, junto à cidade romena de Siret, indicou.

Sónia Caldeira assinalou que os bens vão ser transportados num camião TIR de uma empresa de Estremoz e conduzido pelo próprio proprietário, num “trabalho pro bono”.

O camião vai transportar para a cidade ucraniana “bens alimentares, cobertores, fraldas, produtos de higiene, aquecedores, medicamentos e caixas de primeiro socorros”, referiu.

A Câmara de Estremoz está também disponível para acolher refugiados e já identificou dois apartamentos, de tipologia T1, para o alojamento de famílias ucranianas que cheguem ao concelho, revelou a autarca.

“O Alto Comissariado para as Migrações já tem conhecimento da nossa disponibilidade”, frisou, realçando que cada um dos apartamentos tem “capacidade, no máximo, para quatro pessoas”.

Os dois apartamentos que vão ser disponibilizados, um deles já mobilado, situam-se no edifício do antigo Gabinete de Apoio Técnico de Estremoz, propriedade de várias câmaras municipais, disse.

“Recebemos ainda contactos de particulares que ofereceram duas casas para o acolhimento de refugiados da Ucrânia e de um empresário do concelho disponível para dar emprego a dois casais ucranianos”, acrescentou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos – o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.

C/Lusa

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