A ruralidade e a existência do Centro de Reprodução do Rafeiro do Alentejo levaram o Município de Monforte e a Associação do Cão da Serra de Aires a unirem-se no sentido de salvar a raça canina Serra de Aires de extinção, desenvolvendo uma parceria no sentido de devolver à raça o reconhecimento de “um património genético”.
À Rádio Campanário o presidente da Câmara Municipal de Monforte Gonçalo Lagem conta que “à imagem do que fizemos com o Rafeiro Alentejano em 1995 em que salvamos a raça de extinção e identificamos muitos exemplares que tinham ali características que não estavam padronizadas, vamos apostar numa raça que diz muito ao concelho de Monforte e com esta iniciativa não vamos aumentar os custos com o Centro de Reprodução”.
Gonçalo Lagem conta que neste momento já estão no Centro de Reprodução do Rafeiro Alentejano cinco cadelas e dois machos Serra de Aires oferecidos por criadores e dentro de 10 a 15 anos teremos o cão Serra de Aires a funcionar junto dos rebanhos e das vacadas em todos os montes com os seus futuros donos”, a fim de devolver o prestígio “a uma raça que é património genético nacional”.
{play}http://www.radiocampanario.com/sons/Goncalo%20Lagem%20caoserradeairesnov2014.MP3{/play}
Oriundo da Serra de Aires, na freguesia de Santo Aleixo, no concelho de Monforte, o cão Serra de Aires pertence a uma grande família europeia de cães de pastoreio, sendo esta a sua principal função.
A raça foi considerada de extrema importância durante os séculos XVIII e XIX, na guarda, condução e sobrevivência de rebanhos.
