A Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz vai investir três milhões e cem mil euros, para requalificar vários espaços públicos, nas áreas da regeneração urbana, da mobilidade urbana e no apoio às comunidades desfavorecidas.
A assinatura dos contratos surgiu no âmbito dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU) com o Governo e candidatados a fundos comunitários, sendo assim contemplado com o financiamento de fundos comunitários, através do programa Alentejo 2020, que resultam da assinatura de um protocolo entre a Autarquia e este programa.
José Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, adiantou à Rádio Campanário que o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) “é um documento estratégico, um plano que enquadra um conjunto de obras prioritárias no concelho de Reguengos de Monsaraz em três grandes vertentes prioritárias de investimento, na regeneração urbana, na mobilidade urbana e no apoio às comunidades urbanas desfavorecidas, num conjunto global de cerca de três milhões e 100 mil euros de investimento total, financiado a 85% pelo FEDER”.
Questionado sobre a incidência do investimento, José Calixto expressa que na área da mobilidade urbana estão “projetos estruturantes para a cidade de Reguengos e para duas outras populações do concelho, São Marcos do Campo e São Pedro do Corval, que precisam de intervenções nessa área. Temos uma via pedonal ciclavel que atravessa a cidade de Reguengos e que facilita a circulação pedonal e ciclavel na cidade de Reguengos, uma via estruturante que permitirá alguns quilómetros de mobilidade bastante facilitada, passando pelo centro da cidade (…) temos a criação de parques de estacionamento no Rossio, próximo do Tribunal, do Parque da Cidade, do Mercado Municipal, da Estação de Camionagem, fazendo uma interligação com todas estas infraestruturas”.
O autarca diz ainda que estão previstas outras intervenções “de aumento da mobilidade à volta das escolas (…) intervenção em passeios na cidade de Reguengos, e em passeios de São pedro do Corval”.
Na área da regeneração urbana, José Calixto avança que “para além de estar previsto os particulares aproveitarem um instrumento financeiro (…) temos a intervenção na Praça da Liberdade (…) e irá ter essa intervenção possibilitada através deste plano estratégico também na regeneração urbana no Largo da República (…) no centro histórico de São Pedro do Corval, em São Marcos do Campo (…)”, acrescentando que “o alojamento social” também vai ser intervencionado, “e é esta intervenção que faz a ponte para outra prioridade de investimento nas comunidades urbanas desfavorecidas e no realojamento de famílias com dificuldades, com falta de dignidade nas suas habitações e temos aqui cerca de meio milhão de euros para este tipo de intervenções”.
Instado sobre o facto de alguns autarcas do norte considerarem que os valores ficavam aquém das expetativas, refere que “cada caso é um caso e no caso de Reguengos de Monsaraz, as verbas são sempre insuficientes (…) obviamente que tivemos a noção do valor total dos fundos comunitários que estavam disponíveis e tivemos também a clarividência para apresentar projetos de acordo com essas disponibilidades, temos agora a noção que temos que gastar estes para pedir mais e acho que é essa a humildade que devemos todos que ter e nestas missões públicas, saber que a vida se faz, passo a passo e se eu fosse pedir 30 milhões de euros, tinha a certeza que, para além de não os conseguir gastar nos próximos anos de forma otimizada e de acordo com vantagens para as populações, certamente não nos iria ter aprovados (…)".
