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Quinta-feira, Outubro 10, 2024

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Casa da Cultura da Orada inaugura exposição “de Sol a Sol “, uma contemplação ao Alentejo (c/som e fotos)

Foi hoje inaugrada, numa organização da Casa da Cultura da Orada, uma exposição de fotografia intitulada “De Sol a Sol”, que resulta de uma recolha efetuada por António Rocha, uma amigo desta casa da cultura, natural do concelho do Alandroal, residente em Évora e um amante da cultura popular.

A Exposição fotográfica vai estar patente ao público de 15 de agosto a 10 de setembro, na Cooperativa de Olivicultores de Borba, com horário semanal das 15h às 19h e no fim-de-semana entre 9h e às 13h.

Segundo Paulo Laranjo, presidente da Direção da Casa da Cultura de Orada, “a cooperativa de olivicultores está ligada à agricultura e por isso contempla esta exposição”.

A Cooperativa de Olivicultores de Borba comemora este ano, 70 anos de existência, sendo por isso “uma forma de marcar essa data”, refere Paulo.

Durante a inauguração decorreu ainda uma prova de azeites.

Segundo Paulo Laranjo, são cerca de 70 fotografias que retratam atividades da agricultora como a apanha da azeitona. “Haverá ainda fotografias que retratam a freguesia de Orada, da década de 30, quando Orada concorreu à aldeia mais portuguesa de Portugal”.

António Rocha é do Alandroal, e é o autor desta exposição, que recolheu as fotografias do Alentejo. Refere “que não foi fácil recolher estas fotografias”. Em entrevista à Rádio Campanário, refere que esta exposição “contempla o nosso Alentejo adorado, com os trabalhos agrícolas e com a dureza desses mesmos trabalhos”, daí o nome da exposição, “de sol a sol”.

António conta a história de uma fotografia que o vaqueiro usa uma manta. Conta que todos os pastores e todas as pessoas que eram contratadas ao ano, eram normalmente contratadas ao dia 15 de agosto. Cerca do nascer do sol ao por do sol todos os pastores/ trabalhadores estavam na rua do monte.

À hora do nascer do sol, o lavrador saia com a manta nas mãos e ponha no ombro da pessoa que ia trabalhar. Era o selo da pessoa contratada. Se regredissem o contrato no dia 14 de agosto, o patrão recebia a manta de novo. Se o trabalhador trabalhava anos, era norma do lavrador trocar a manta e oferecer uma nova”.

Revela por último que, no segundo fim de semana de outubro, irá lançar um novo livro.

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