O Orçamento para 2023 do Município de Borba foi chumbado na Assembleia Municipal na sexta-feira, com 10 votos contra de CDU, PS e PSD, contra 9 votos favoráveis do MUB.
Jorge Pinto, representante da CDU de Borba, apelidou o Orçamento como “irrealista, caminhando para o desastre”. De acordo com o dirigente local do partido, o motivo do chumbo por parte da sua bancada deve-se ao facto de “nada dos orçamentos dos anos anteriores ter sido cumprido”.
“Até 31 de outubro de 2022, o município de Borba tem uma taxa de execução de fundos comunitários de 2% e de 0% em programas nacionais. Tem sido prática empurrar com a barriga para o orçamento do ano seguinte, com promessas nunca cumpridas”, afirmou em declarações à Rádio Campanário.
Jorge Pinto apresenta ainda outros exemplos “sem credibilidade” previstos na proposta de Orçamento apresentada, como o Museu mais Enoteca, uma obra de 450 mil euros que ainda nem está adjudicada e 1,6 milhões de euros para a habitação, quando não existem projetos, terrenos ou propostas concretas”.
O dirigente da CDU acusa ainda o Executivo Municipal de “não ter qualquer proposta para freguesias de Orada e Rio de Moinhos” e esclarece que o seu partido apenas recebeu a proposta do Orçamento dois dias antes de a Câmara se pronunciar sobre o mesmo em definitivo.
“Não apresentámos propostas porque estamos perante uma proposta base irrealista. É preciso inverter em 180 graus o funcionamento da Câmara Municipal”, reiterou.
Ainda que a última reunião de Câmara tenha decorrido “sob ambiente muito tenso, com o presidente da Câmara a ter um comportamento inadequado, que levou presidente da Assembleia a ponderar suspender reunião”, a CDU mostra-se disponível para negociar um novo Orçamento Municipal.
“Estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa, para discutir compromissos reais, concretos e que tenham um processo negocial sério”, finalizou Jorge Pinto.
