Beja e Évora, estão entra as 19 cidades que se vão mobilizar hoje, sábado, para participarem na manifestação convocada pela plataforma Casa Para Viver em defesa do direito à habitação.
Uma manifestação em defesa do direito à habitação, tomou as ruas de Évora, trazendo à tona uma preocupação crescente com a crise habitacional na cidade. Os manifestantes, de diferentes faixas etárias e situações sociais, uniram-se para expressar sua insatisfação com o aumento exorbitante das rendas em relação aos rendimentos médios.
Um dos manifestantes, atualmente no mestrado, partilhou a sua experiência sobre a escalada dos preços de aluguer de quartos, que passaram de 200 euros para faixas entre 300 e 400 euros, e em alguns casos, até 500 euros. “É um grande problema”, lamentou, destacando a dificuldade de encontrar habitação acessível para estudantes e jovens profissionais.
Um trabalhador com casa alugada, relatou as dificuldades enfrentadas mesmo com dois rendimentos estáveis. “Trabalhamos os dois, com contrato, e mesmo assim não temos hipótese de comprar casa”, disse, evidenciando a disparidade entre os preços dos imóveis e o poder de compra das famílias.
Exigem uma intervenção imediata do Estado, relatam que esta não é uma questão que pode aguardar até as eleições de março. Entre as reivindicações estão a redução do valor das rendas e prestações e uma revisão das licenças para atividades turísticas, que têm impacto direto no mercado de habitação.
A manifestação em Évora é um reflexo de uma crise que se estende por várias cidades portuguesas, onde o aumento dos preços da habitação está a atingir níveis insustentáveis, afetando a qualidade de vida de muitos cidadãos.