Foi esta tarde inaugurada, no Museu do Barro em Redondo, a Exposição “O Barro está vivo”.
Esta mostra de peças em barro resulta do curso de olaria, promovido pelo Município de Redondo e onde Francisco Rosado, Mestre Oleiro sobejamente conhecido a nível nacional, formou um grupo de 15 pessoas, na iniciação a esta arte, marca identitária de Redondo e do Alentejo.
A Rádio campanário marcou presença na cerimónia de inauguração desta exposição e falou com David Galego, Presidente da Câmara Municipal de Redondo, sobre a importância desta mostra e sobre a importância de preservar e salvaguardar esta arte no concelho.
O Autarca começou por nos referir “este é um momento que nos dá um enorme orgulho pelo facto de novos artesãos , pessoas das mais diferentes idades, decidiram ir experimentar pela primeira vez como se molda o barro com iniciação à roda.”
David Galego destaca que ao longo de todo este percurso foi muito importante sentir que estes “aprendizes” têm vontade de continuar pelo que “a Câmara Municipal vai continuar a prover estes cursos de aprendizagem em 2024” .
O Presidente da Câmara Municipal de Redondo sublinha que esta “pode ser uma atividade económica interessante , com um mercado de exportação muito avultado” , orgulhando-se de no Município que lidera “existir uma renovação de gerações dos Oleiros e os mais velhos, que estão ainda no terreno, têm nos dado um apoio extraordinário.”
O Edil destacou igualmente a intenção do Município entregar rapidamente “a entrega da documentação para a inventariação das técnicas de pintura e decoração de olaria de Redondo, sendo este mais um passo para a salvaguarda desta arte.”
O importante, disse ainda “é garantir que no futuro vamos continuar a ter oleiros nesta terra”.
Em Redondo, existem atualmente cinco olarias, quatro a produzir localmente, existindo ainda alguma cerâmica, e é no contexto da economia local que o Município aposta tendo por base que , a nível nacional, a olaria e a cerâmica exporta 95% do que produz.
David Galego considera que “há capacidade para manter a atividade.”
Apesar de ser um processo que envolve uma longa aprendizagem e que demora por isso o seu tempo, ser um oleiro de excelência, como os que temos, é possível desde que exista amor pela arte.
O Presidente de Redondo conclui frisando “sempre que destas formações “nasce” um novo oleiro, é para nós um orgulho”.
Esta exposição vai ficar patente ao público até dia 31 de Março.