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Sábado, Abril 27, 2024

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De Norte a Sul: Amolador Alentejano leva a tradição e o ofício de afiar tesouras e facas a todo o País.

A Rádio Alto Minho encontrou-se com um amolador itinerante, uma figura cada vez mais invulgar nas ruas. Percorrendo as cidades de bicicleta, o som característico da sua harmónica anuncia a presença de uma profissão que vai desaparecendo com o tempo. “Os mais velhos já se estão a retirar, e os mais novos não têm interesse. Realmente, já somos muito poucos”, comenta ele, lembrando que desde tenra idade aprendeu o ofício com seu pai e avô.

Com 33 anos dedicados a este trabalho, Fábio, alentejano, tem viajado de norte a sul de Portugal. Ele nota que, enquanto a geração mais velha reconhece imediatamente o som da sua chegada, a juventude muitas vezes não sabe e por vezes confundindo-o com um vendedor ambulante de guloseimas ou bugigangas.

Atualmente em Viana do Castelo, Fábio explica a sua escolha pelo norte do país: “Aqui é maior, há mais trabalho. As minhas terras são mais compostas por aldeias, enquanto aqui encontro cidades onde há mais trabalho e mais pessoas.

Os pedidos dos clientes variam bastante, desde tesouras e facas até guarda-chuvas, dependendo do dia. “Num dia, todos querem consertar guarda-chuvas, como aconteceu ontem nesta área”, relata. Fábio vai permanecer no Alto Minho por mais algum tempo antes de regressar para sul, passando pelo Algarve, numa constante migração em busca de trabalho.

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