O Ensaísta João Barrento, natural de Alter do Chão, foi o vencedor do Prémio Camões.
O Prémio Camões 2023 foi atribuído a João Barrento, ensaísta e tradutor de referência, crítico literário, cronista e professor. O anúncio foi feito esta terça-feira, 10 de outubro, pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, após a reunião do júri da 35.ª edição deste galardão.
Para o ministro, João Barrento é “um dos pensadores mais acutilantes da arte e da cultura em Portugal. O ensaio é o registo literário em que mais se tem empenhado, forma privilegiada de pensar livremente a sua relação com o mundo”, afirma Pedro Adão e Silva, destacando também a sua ação enquanto dinamizador do Espaço Llansol, “testemunho de uma generosa dedicação, a mesma que se reflete nas indispensáveis traduções que têm dado a conhecer, em língua portuguesa, a obra de autores tão diversos quanto Hölderlin, Goethe, Walter Benjamin ou Paul Celan”.
O júri reconheceu João Barrento como “autor de uma obra relevante e singular” e destacou também do seu trabalho o ensaio e a tradução literária, em particular as traduções de literatura de língua alemã, em todos os géneros literários e desde a idade média à época contemporânea, que “formam o mais consistente corpo de traduções literárias do nosso património cultural e constituem indubitavelmente um meio de enriquecimento da língua e de difusão em português das grandes obras da literatura mundial”.
O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa. Do grupo de premiados constam nomes como José Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen, Agustina Bessa-Luís e Chico Buarque.
Fonte: Governo
Foto: Visão