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Quinta-feira, Maio 16, 2024

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Relatório da Crédito y Caución alerta: preços do gás vão permanecer elevados até 2025

O mercado do gás reequilibrou-se progressivamente em 2023, após um ano de fortes tensões decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia. Em Dezembro de 2023, os preços do gás registaram quedas homólogas de 68% nos Estados Unidos, 54% na Europa e 39% na Ásia. Apesar desta descida global, a volatilidade do mercado do gás permanece elevada e os preços continuam muito acima das suas médias históricas, tanto na Ásia como na Europa.

Estas são algumas das conclusões do mais recente relatório divulgado pela Crédito y Caución, realçando que “os preços do gás irão permanecer elevados até meados desta década, à medida que os mercados globais de gás continuam a ajustar-se à perda de fornecimento do gás russo por gasoduto para a Europa”.

Isto terá um impacto nos preços noutras regiões importadoras, embora os efeitos na Ásia sejam atenuados pela indexação de muitos contratos a longo prazo aos preços do petróleo. Após 2025, a melhoria da capacidade de transporte de gás natural liquefeito irá remodelar o mercado do gás, reduzindo os preços nas principais regiões.

E terá também impacto nos custos energéticos a suportar pelas famílias e empresas, aumentando assim os custos de produção.

A Crédito y Caución espera que a procura global de gás atinja o seu pico nos próximos anos e comece a diminuir na segunda metade da década de 2020. De acordo com as projecções incluídas no relatório, num cenário de base que tem em conta apenas os compromissos já anunciados, a procura mundial de gás cairá 7% em 2030 e 42% em 2050, em comparação com os níveis actuais. As previsões para a Europa neste cenário de base apontam para uma redução de 28% até 2030. Num cenário de emissões líquidas nulas até 2050, o declínio global atingiria 78% em 2050.

A quota do gás no cabaz energético diminuirá à medida que as energias renováveis ganharem quota de mercado, mas menos do que a do petróleo. A China, a Índia e o Médio Oriente continuarão a ser as principais fontes de crescimento da procura nas próximas décadas, enquanto a Europa, o Japão e os Estados Unidos assistirão a uma contracção da procura, adianta o relatório, que pode ler na íntegra aqui.

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