Foi implantado com sucesso no HESE o primeiro sistema de Cardiodesfibrilhador (CDI) totalmente subcutâneo do Alentejo.
A Implantação aconteceu na passada quinta-feira, dia 5 de maio e decorreu sem complicações, tendo sido efetuada pela equipa da Unidade de Pacing e Arritmologia do Serviço de Cardiologia do HESE, coordenada pelo Dr. Pedro Dionísio.
Contou-se também com a prestimosa colaboração do Dr. Diogo Cavaco, ilustre arritmologista dos Hospitais de Santa Cruz e da Luz e do Serviço de Anestesia do HESE, Dr. Juan.
Estes CDI subcutâneos podem ser usados para prevenção Primária ou Secundária de Morte Súbita em qualquer doente em que se preveja o surgimento de uma arritmia potencialmente fatal como é uma Fibrilhação Ventricular.
Estes sistemas totalmente subcutâneos têm a vantagem de pouparem o contacto direto com o coração e grandes vasos, obviando-se as principais complicações dos sistemas convencionais transvenosos, que são normalmente problemas relacionados com os electrocatéteres intravasculares. Poupam-se assim também territórios vasculares que poderão vir a ser necessários no futuro da vida do doente. São por isso atualmente os sistemas de primeira escolha na Prevenção da Morte súbita em crianças e adultos jovens, em doentes hemodialisados ou naqueles com antecedentes de disfunção ou infeção prévia de sistemas transvenosos convencionais.
Este CDI Subcutâneo foi implantado num jovem de 37 anos, transferido para o Centro de Évora, vindo do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, com síndrome de Brugada, para prevenção primária de morte súbita. Este doente era portador desde os 27 anos, de um CDI convencional (transvenoso). Com este novo sistema totalmente subcutâneo (sem eléctrodos intravasculares ou intracardiacos) eliminam-se as principais disfunções relativas aos electrocatéteres podendo-se abandonar definitivamente os antigos disfuncionantes.
A cirurgia foi um sucesso e decorreu sem qualquer complicação.
