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Domingo, Abril 28, 2024

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“Esta iniciativa demonstra bem aquilo que é a nossa cultura e as nossas tradições” diz Maestro da Banda de Alandroal (c/som)

Decorreu ontem à tarde, pelas 18h, a iniciativa Roteiro Musical dos Castelos, em Alandroal, no Castelo de Alandroal.
A iniciativa contou com a animação musical da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Nossa Senhora de Machede e da Banda Filarmónica do Centro Cultural de Alandroal e com a organização do Município de Alandroal e da Fundação INATEL.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com Agostinho Lourinho, maestro da Banda Filarmónica do Centro Cultural de Alandroal, sobre a iniciativa.

Em declarações à nossa redação, o maestro fez-nos o balanço da iniciativa, e começou por referir que “o balanço é positivo, a ideia é fantástica, o INATEL como nós sabemos, é uma instituição que dinamiza e que está dentro da parte cultural das nossas tradições, e tudo aquilo que o INATEL possa desenvolver e criar é sempre bom para todos. O INATEL teve esta ideia, o Alandroal foi um espaço que foi escolhido e, quando o convite nos foi feito, nós aceitámos e achámos giro, porque para além de ser uma ideia diferente, juntámos aqui as comemorações do 41º aniversário com este concerto”.

Questionado sobre a troca de experiências entre as bandas, Agostinho Lourinho referiu que “há pouco quando terminei o concerto disse que estas instituições, as bandas filarmónicas, vivem disto, deste convívio, desta partilha musical, destes encontros, vai para além da música, é também esta parte social e humana que as bandas têm”.

O maestro Agostinho Lourinho integrou a banda de Alandroal em 2019 e, apesar de não estar há tanto tempo na instituição, foi-lhe pedido para fosse feito um balanço destes 41 anos, no qual referiu que “realmente é uma banda jovem, olhando historial, tudo aquilo que aconteceu, formalmente esta banda é formada há 41 anos, de perto conheci o trabalho do anterior maestro, porque fomos colegas nesta vida que é a música, o Alfaiate desenvolveu aqui um trabalho durante mais de 20 anos muito bom, eu estou cá há menos temo, mas espero dar seguimento a tudo o que tem sido feito durante estes 41 anos, o nosso trabalho é este, os anos passam, nós temos que procurar dar anos de vida à casa”.

Quanto às maiores dificuldades vividas à frente da banda, o maestro referiu que “a dificuldade maior às vezes é mesmo os ensaios. Nós temos um apoio extraordinário da Câmara Municipal, a banda tem tudo aquilo que precisa da autarquia, às vezes é mais um trabalho de casa nosso. A banda está neste momento com cerca de 30 a 35 músicos, a escola de música está com cerca de 40 a 50 alunos.”

Questionado se a banda está preparada para mais 41 anos, o maestro referiu que “seguramente que sim. É uma forma de manter esta tradição, as bandas filarmónicas são claramente uma raiz daquilo que é a nossa tradição aqui no Alentejo, e por todo o país, mas aqui na nossa zona temos esse exemplo, todos os concelhos aqui à volta têm bandas filarmónicas, e nós, penso que aqui nos arredores, seremos dos mais novos, dado a este historial, mas estamos aqui para seguir para a frente e levar a banda por muitos mais anos”.

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