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Sábado, Abril 27, 2024

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“Este livro é dedicado ao meu pai, um homem simples que dedicou a sua vida a Vila Viçosa”, diz Francisco Caeiro (c/som e fotos)

O escritor Calipolense Francisco Caeiro fez hoje o lançamento do seu novo livro chamado “Então, e agora”, no hotel Mármoris, em Vila Viçosa.

Com uma edição da editora Alfarroba, esta obra foi escrita em quatro meses e surge como uma homenagem ao seu pai, recentemente falecido.

A Rádio Campanário esteve presente no lançamento do livro e falou com o escritor calipolense Francisco Caeiro que referiu “esta é uma obra com valor especial porque decidi escrever a poesia do meu pai assim um pouco ao acaso porque era quase tirar umas notas soltas sobre a vida dele, sobre os principais acontecimentos e depois no final cheguei à conclusão que tinha um romance completo que cruza oitenta anos da vida de Portugal.”

Este livro, desta vez um trabalho do autor escrito em prosa, retrata “a vida de um homem simples que se dedicou muito à sua comunidade e que se dedicou a muitas atividades” destacando que “cruza oitenta anos do país.”

Questionado sobre se esta obra era uma forma de homenagear o seu pai, que era um sábio e um conhecedor da história de Vila Viçosa, e não só, Francisco Caeiro referiu “sim, é uma forma de o homenagear,” revelando que o Senhor Artur Barreiros “faria hoje 81 anos, daí o lançamento ser no dia 6 de novembro.” Sobre o legado deixado pelo Senhor Artur em Vila Viçosa, Francisco referiu “o meu pai acabou por estar ligado a muitas instituições, foi eleito para a junta de freguesia, pertencia à comissão da festa dos capuchos, á música, à Misericórdia” destacando que esta obra “é uma forma também de o homenagear, homenageando Vila Viçosa porque ele acaba por cruzar a história dessas instituições, depois cruza a chegada da liberdade, da democracia e, portanto, no fundo é essa homenagem.”

Esta obra “não deixa de ser a homenagem de um filho para um pai, tem essa componente poética de devoção, mas que no fundo é aquilo que nós ambicionamos, é tornar os nossos pais eternos e, neste caso, é uma tentativa muito simples de que a história perdure”.

 Questionado sobre se o pai continuava a ser uma inspiração, Francisco Caeiro salienta que “continua e é sempre uma inspiração”, explicando que “eu revejo-me não só nas memórias que eu tenho das coisas dele, mas revejo também em mim, nas minhas atitudes, na minha forma de estar, na minha forma de pensar, vejo que eu sou uma continuidade do meu pai.”

“Há um continuo genético e afetivo e reconheço que talvez o grande artificie daquilo que eu sou foi realmente aquilo que eu recebi como herança de afetos de genética, de comportamento e educação,” destaca o autor.

Sobre a diferença de estilo desta obra em comparação com as peças do autor a que estamos habituados, este refere que “sim, porque é uma obra escrita com o coração, tentando ser o mais fiel aos acontecimentos e eu acho que é interessante sobretudo para Vila Viçosa.”

Sobre Vila Viçosa ter sido a escolha para o lançamento do livro, Francisco Cairo destaca “quis primeiro lançar em Vila Viçosa porque é uma obra que está muito relacionado com Vila Viçosa e com as pessoas que nós conhecemos, com acontecimentos que nós vivenciamos entre 1940 e 2020” concluindo que “é uma obra que cruza aqui a história do calipolense do século XX e eu acho que é interessante e faz muito sentido aqui”.

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