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Estudante de Arqueologia da Universidade de Évora distinguida com o Prémio de Ensaio Histórico

Foto: Universidade de Évora

Ana Martins, mestre em Arqueologia e Ambiente pela Universidade de Évora, é a vencedora da segunda edição do Prémio de Ensaio Histórico, atribuído pela União das Freguesias de Faro. 

A arqueóloga viu premiado o trabalho intitulado “Contributo para o estudo da cidade romana de Ossonoba: a terra sigillata da Rua Infante D. Henrique nº 58-60”.

Ana Martins confessa estar “extremamente grata” à União das Freguesias de Faro por “acreditarem nos jovens investigadores e por investirem na cultura, principalmente num momento de crise como este,” lê-se em comunicado divulgado pela academia.

É “necessário existir um maior investimento no estudo e na divulgação da nossa história e do nosso património arqueológico”, avança a vencedora Prémio de Ensaio Histórico.

Com orientação de André Carneiro, Professor do Departamento de História da UÉ, e co-orientação de João Pedro Bernardes, Professor da Universidade do Algarve, a estudante revela na sua tese de mestrado, que “poucos têm sido os resultados de intervenções arqueológicas levadas a cabo nos últimos anos em Faro, no âmbito de acompanhamentos de obra, a ser publicados”. Para Ana Martins, “esta é uma consequência da emergência em salvaguardar, maioritariamente apenas pelo registo, os vestígios existentes, e da falta de investimento na investigação”.

André Carneiro recorda que a tese defendida por Ana Martins inscreve-se no âmbito do  2º ciclo de Arqueologia e Ambiente da Universidade de Évora, “onde uma das linhas de trabalho consiste no incentivo aos alunos realizarem estudos práticos de análise de materiais, de modo a dominarem de modo pleno as mais modernas metodologias de trabalho”.

Neste sentido, a tese da Ana Martins representa “um excelente exemplo de um trabalho sólido e com ligação à comunidade que se pretende em qualquer trabalho de Arqueologia” destaca o Professor da UÉ, “partindo de um espólio esquecido, guardado no Museu Municipal de Faro e recolhido numa escavação arqueológica nunca publicada,” pelo que a estudante “desenvolveu um estudo estatístico muito completo que permitiu desenhar os fluxos de abastecimento comercial à cidade de Ossonoba”, avança André Carneiro. Para o Professor de Arqueologia da UÉ esta tese de mestrado “consegue trazer novos dados para o conhecimento do tecido urbano da antiga cidade romana de Ossonoba” a atual Faro, pelo que o reconhecimento é “plenamente justificado”.

 

(Fonte: Universidade de Évora)

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