O Eurodeputado José Gusmão, do Bloco de Esquerda, comentou na revista de imprensa de hoje, a descida de IRS, as negociações com os professores e a operação Influencer.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado começou por dizer “já se percebeu que é completamente escusado o PSD continuar a atirar areia para os olhos das pessoas pois os anúncios feitos antes e depois da campanha eram muito claros; não vale a pena agora o Governo procurar uma história, começou a fazer umas declarações meio ambíguas até que assumir que aquilo a que andou a chamar grande choque fiscal era apenas um pequeno acrescento ao que já eram as medidas tomadas pelo Governo anterior.” O eurodeputado acrescenta ainda “isto é muito grave; mais uma vez , o PSD, uma vez eleito, recua numa grande parte dos seus compromissos eleitorais” sublinhando que esta foi “a principal bandeira da sua campanha eleitoral” concluindo “o PSD é um partido sem palavra, sem seriedade e este tipo de forma de estar na política é o género de coisas que faz com que as pessoas deixem de acreditar na democracia e algumas se virem para projetos como a extrema direita.”
Relativamente às negociações com os Professores, José Gusmão frisa “espero que as negociações sejam rápidas porque também aqui houve compromissos muito claros do PSD e espero que não os convertas numa espécie de devolução dos salários dos Professores num qualquer dia longínquo e que possamos ter um retificativo para começar a corrigir essa injustiça.”
Por último e quanto ao acórdão do Tribunal da Relação referente à Operação Influencer, o eurodeputado sublinhou “estamos perante um processo muito grave onde houve muito pouca transparência e muito pouco sentido de responsabilidade da parte do MP e da Procuradora Geral da República na condução de todo este processo, um processo com impatos políticos enormes.”
“A independência da justiça significa que o poder político não deve interferir na justiça mas também não pode acontecer o contrário e o que se passou foi que houve uma investigação com bases extraordinariamente frágeis que fez cair um Governo eleito por maioria absoluta pelos portugueses” acrescentou ainda o nosso comentador .
