O Festival de Música Contemporânea de Évora entra no mês de novembro com uma agenda cheia de concertos dedicados à música contemporânea e eletroacústica. A música vai fazer ouvir-se pela cidade de Évora entre os dias 3 a 5.
A abertura do Festival de Música Contemporânea de Évora está a cargo da pianista Ana Telles, diretora da Escola de Artes da Universidade de Évora, no Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende. O Projeto DME, em parceria com a Escola de Artes da Universidade de Évora, realiza a curadoria e produção do festival, contando ainda com o apoio da Câmara Municipal de Évora.
Ainda no dia 3 de novembro, no auditório do Colégio Mateus d´ Aranda, vai ser possível assistir ao concerto do Ensemble DME e alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora. Um projeto no âmbito DME, uma iniciativa fundada pelo compositor Jaime Reis para promover a prática musical contemporânea e eletroacústica. Este concerto junta também os compositores Gerhard Stäbler, que recorre à estimulação olfativa, visual ou interagindo com o público, e Kunsu Shim, um compositor e artista performativo.
Os dois artistas vão trazer para cima dos palcos um repertório vasto de colaboração desde a década de 90 onde ambos exploram o conceito de “PerformanceMusik”.
De destacar também a presença de Mariana Vieira, no dia 4 de novembro no Palácio de D. Manuel. A artista possui no seu catálogo música acusmática, mista e instrumental, para formações de música de câmara, ensemble, orquestra e a solo, bem como obras didáticas. Neste dia pode assistir à Ópera Comunitária Electroacústica (com coro participativo) da sua autoria. O evento conta com mais de 60 pessoas entre Coros infanto-juvenis e coros comunitários, criando um coro intergeracional com habitantes da região.
No mesmo dia, haverá espaço para o concerto de Ensemble Vertixe Sonora de Espanha, considerado uma força motriz da sociedade espanhola, no Auditório do Colégio Mateus d’Aranda, pelas 21h. O Ensemble irá apresentar uma célebre obra do compositor Salvatore Sciarrino, Vanitas, onde o mesmo procura demonstrar o simbolismo da transitoriedade humana.
No último dia, 5 de novembro, haverá espaço para o concerto de Percussão de Paulo Amendoeira, David Russo e Gonçalo Cerqueira, estes dois últimos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora. O festival fecha as portas pelas 21h, ao som do concerto de Ensemble ars ad hoc, de Portugal.
A organização do festival realça a importância desta programação diversificada para o panorama da música e para o ecossistema cultural europeu e sublinha a importância desta junção ímpar de artistas, num festival que visa dar a conhecer diferentes abordagens contemporâneas da criação musical, colocando par a par ensembles e músicos estabelecidos no panorama musical internacional com jovens artistas, no final da sua formação académica, e membros da comunidade local.
