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Sábado, Abril 27, 2024

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Évora: ARS Alentejo finaliza hoje documento onde fundamenta a necessidade dos serviços neonatais que estão em risco (c/som)

Está em discussão pública uma proposta que implica o fecho da unidade de cuidados intensivos neonatais de Évora, que está em funcionamento desde 1990, em que crianças que necessitem de simples cuidados têm que ser assistidas num hospital de Lisboa.

No entanto a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo está a ultimar um documento onde é argumentado a necessidade da existência de uma unidade de neonatologia no Hospital do Espirito Santo de Évora.

A informação foi avançada à Rádio Campanário pelo presidente da ARS Alentejo, José Robalo.

O responsável declarou que é uma situação que resulta “de uma proposta que foi feita por um conjunto de profissionais a quem foi pedido um desenho sobre as estruturas. Essa proposta encontra-se em discussão pública e nós iremos argumentar contra aquilo que consideramos que é uma discriminação negativa para a população alentejana.

Questionado, José Robalo expressa que a proposta foi feita “por um conjunto de técnicos que olharam para o país e fizeram um conjunto de propostas que estão em discussão pública e nós iremos argumentar com o que consideramos que é a defesa dos direitos da população alentejana”.

Salienta que no documento que está a ser preparado, será argumentado que “quer o serviço de neonatologia, quer da cirurgia pediátrica, uma vez que consideramos que a região Alentejo não pode ser discriminada relativamente às outras regiões porque consideramos que é uma mais valia para a nossa população manter serviços no Hospital de Évora”.

Instado sobre os custos afetos à transferência das crianças para receberem assistência nos hospitais da capital, o presidente da ARS Alentejo refere que “os custos não são problema, são um dos fatores, mas aquilo que é mais importante é garantirmos que a população alentejana tenha os cuidados de saúde a que tem direito e isso passa por existir uma unidade de neonatologia no Hospital de Évora e também a cirurgia pediátrica”.

Sobre se o estudo foi pedido pelo atual Governo, refere que “estes estudos têm vindo periodicamente a surgir, habitualmente todos os Governos pedem que haja uma leitura sobre a melhor forma de organizar os cuidados, já não é a primeira vez que esta opinião é expressa, mas nós temos conseguido, argumentando e mostrando algumas das informações que nos têm chegado, até da própria ordem dos Médicos, no sentido de manter esta prestação”, acrescentando, “digamos que é mais um estudo sobre a organização dos serviços de saúde, mas nós podemos argumentar que se deve manter e é isso que iremos apresentar no local próprio”.

De salientar que caso a proposta venha a ser aprovada, significa que crianças que nasçam prematuramente terão que ser transferidos para Lisboa, implicando ainda que todas as crianças que necessitem de cuidados cirúrgicos, seja um freio da língua curto ou uma simples apendicite, passem a ter que ser transferidas para Lisboa para serem operadas.

 

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