O presidente da república de Letónia, Egils Levits, esteve hoje de visita a Évora, no âmbito da assinatura do memorando entre Portugal e a Letónia, que têm duas Cidades Europeias da Cultura, sendo elas Évora e Liepaja.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Alexandre Varela, vice-presidente da Câmara Municipal de Évora, sobre a importância da visita do presidente letão e qual o objetivo da mesma.
Alexandre Varela começou por referir que “parece me que as duas questões estão relacionadas na medida em que Liepaja vai ser Capital Europeia da Cultura em 2027, tal como Évora, existe aqui no fundo um interesse mutuo de aproximação, não só para preparar aquilo que vão ser as duas capitais europeias da cultura, mas todo o processo e portanto parece nos importante podermos trabalhar em conjunto e foi isso mesmo que se refletiu no fundo com a assinatura do memorando de entendimento entre as duas cidades.”
“Para nós é sempre muito agradável poder aqui receber chefes de estado e delegações estrangeiras, na verdade Évora, pelas características que tem, suscita esse interesse da parte dos dignatários de outros estados mas na verdade esta situação tem que ver sobretudo, com a capital europeia da cultura”, acrescentou.
Questionado sobre o tipo de cooperação prevista para esse memorando, o vice-presidente do Município de Évora disse que “neste momento é um memorando que prevê apenas a colaboração institucional no sentido de preparar as duas capitais europeias da cultura, mas também a aproximação dos povos. A partir daqui , no fundo, o que nós estamos a dizer é que Évora e Liepaja poderão construir um caminho comum, em conjunto até 2027 e para lá de 2027, e essa é a principal questão, no fundo, nós estamos aqui a falar de memorandos que têm uma natureza simbólica e o processo de construção começou agora, é isto que está aqui em causa.”
Quanto à expetativa da programação da Capital Europeia da Cultura, o autarca referiu que “neste momento há uma estruturação da programação que foi feita, foi apresentada ao júri internacional, estamos a falar de uma estrutura muito ampla, com muitas linhas de trabalho, no fundo é o esqueleto, digamos assim, e agora vão ser trabalhadas ao longo destes 4 anos até 2027. Também não me vou pronunciar muito sobre as questões da programação, existe uma equipa que está a trabalhar nisso, aliás, há também uma estrutura associada á candidatura de Évora á capital europeia da cultura , que vai iniciar funções, esperamos também construir esse caminho num curto espaço de tempo, mas de qualquer das formas os traços gerais da programação esses estão definidos no big book que foi presente.”
Questionado sobre a opinião da comitiva letã sobre a cidade de Évora, Alexandre Varela concluiu que “não estive em todas as conversas que tiveram mas parece me que reconhecidamente há um agrado da parte da comitiva letã, o que não é de estranhar tendo em conta, de facto, a cidade em que estamos , o que nos agrada também na medida em que gostamos de receber bem as pessoas e quem nos visita, sejam eles vizinhos mais próximos ou mais afastados , portando essa também é uma prerrogativa. Quem está em Évora tem que saber receber bem e com vagar”.
