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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Exclusivo Rádio Campanário: Retirados os primeiros coches do Anexo do Museu Nacional em Vila Viçosa (c/som e fotos)

Começaram a ser transportados os primeiros coches que estavam presentes em Vila Viçosa, aquando de um acordo, em 1984, com a Fundação da Casa de Bragança. Este acordo permitiu a instalação no Paço Ducal de Vila Viçosa de um Anexo do Museu Nacional dos Coches onde se expõem ao público viaturas pertencentes na sua maioria à colecção do Museu a que se juntaram algumas do Palácio Nacional da Ajuda, do Museu de Évora, do Museu Machado de Castro, de depósitos privados e as do próprio Paço Ducal.

A Rádio Campanário que acompanhou, em exclusivo, o processo de transporte das primeiras carruagens falou com a directora do Museu Nacional dos Coches, Silvana Bessone, que nos disse que vão ser transferidos, ao longo desta semana, para Lisboa “vinte seis coches. Existem várias tipologias, há carruagens, coupés, berlindas, coches que vão ser transferidos”, Silvana garante à Rádio Campanário que em Vila Viçosa vão permanecer as mesmas tipologias que vão para Lisboa uma vez “que os reis mandavam fazer dois carros que eram aos pares, um para o rei e outro para a rainha. Fizemos a separação com base nestes pormenores e assim tanto Vila Viçosa como Lisboa ganham nesse sentido de ficar com as tipologias todas”, garantindo que o núcleo de Vila Viçosa não perde em qualidade.

A directora do Museu Nacional dos Coches refere que no núcleo Vila Viçosa vão ficar cinquenta coches “que vão ser remodelados pela Fundação da Casa de Bragança”.

Silvana Bessone, à Rádio Campanário, refere que as viaturas agora transportadas para o novo Museu Nacional dos Coches em Lisboa a ser inaugurado no mês de maio vão “de forma definitiva, porque existem dificuldades de mobilidade que afectam a “saúde” dos coches. O piso, o transporte, as trepidações” foram algumas razões elencadas pela directora do Museu Nacional do Coches, garantindo que a excepção é para “Landau do Regicídio que ficará um ano em Lisboa e outro em Vila Viçosa dadas as suas particularidades”, embora Silvana tenha demonstrado o seu descontentamento.

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da Fundação da Casa de Bragança, refere à Rádio Campanário que foi assinado um protocolo entre “a Direcção Geral de Património Cultural e o Museu Nacional dos Coches para o museu depositar em Vila Viçosa várias carruagens. Aquelas que ficarão por vinte anos devem ficar num museu que vai ser gerido pela fundação que passa a ter uma estrutura própria. O número de carros que vão ficar vai obrigar-nos a repensar a organização do museu”.

O antigo presidente do PSD refere a existência de várias fases sendo que a “primeira é saída de alguns carros, depois o rearranjo dos restantes carros” e ainda a implementação de um projecto multimédia vocacionado aos mais novos.

Destacam-se alguns coches e berlindas do século XVIII pertencentes à Família Real e uma grande variedade de Viaturas de Gala do século XIX e início do século XX de que são exemplo carruagens, landaus, caleças, fétones, milordes, clarences, bourghans, vitórias, uma aranha e uma mala-posta.

Um conjunto de carros de caça e carros de campo tais como os char-à-banc, os breques e um carro de canudo testemunham a actividade da nobreza nas várias quintas, herdades e coutadas de caça. Dois velocípedes completam esta exposição.

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