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Sábado, Abril 27, 2024

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Terena: Tradição cumpriu-se com Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Nova (c/som e fotos)

A vila de Terena, situada bem no coração do concelho de Alandroal, voltou mais um ano a receber os muitos visitantes e peregrinos que num gesto de agradecimento se deslocaram ao Templo Mariano de Nossa Senhora da Boa Nova, na procura de paz e resposta para as suas preces.

É no Domingo de Pascoela, o ponto alto desta romaria, ao entardecer, quase ao sol-posto, que Santa Maria de Terena emerge da porta do Seu Santuário.      

A multidão que a espera silencia-se e mudamente desfia nas suas mãos o rosário que não teme em mostrar, numa muda prece, quebrada unicamente pelo som dos instrumentos musicais que acompanham a sua caminhada em direção à vila de Terena.

Ninguém precisa de pedir para que a multidão caminhe, em alas, em procissão de velas. A negridão da noite apenas é quebrada por um mar de velas acesas e por uma enorme luz branca que caminha, aos ombros dos homens, no silêncio da planície alentejana.

Chega-se ao cruzeiro do Santuário, e ao encontrar-se Pedro com Maria, já noite bem cerrada, as duas procissões de origens tão diversas, encontram-se e, após uma curta reflexão oral, normalmente orientada pelo Capelão e Reitor do Santuário, caminham numa só fila, num só caminho, para a Igreja Matriz de Terena.

Uma vez mais Rádio Campanário esteve presente e para além de registar o momento falou com um membro Confraria de Nossa Senhora da Boa Nova, Nuno Pereira, que referiu que mais uma vez a Confraria reuniu as condições para que se realizasse a festa em Honra da Senhora da Boa Nova, “como se pode ver pelo cenário, há muitos peregrinos, há muitos visitantes e creio que estão todas as condições reunidas para mais uma vez Terena voltar a escrever na história em que mais um ano realizou esta tão bonita festa”.

Nuno Pereira refere que a iniciativa “continua a ser de grandes dimensões, mas não podemos exigir da festa e de quem a organiza que ela possa ser aquilo que foi há três ou quatro décadas atrás, nós passamos por uma guerra colonial em que havia aqui muita mãe de soldado a pagar promessas e isso teve um grande impacto na festa, estamos no interior, numa zona do país muito desertificada e as coisas têm que ser conforme podem ser, mas tem as condições reunidas para que se possa preservar”.

   

 

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