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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Falta de médicos especialistas poderá ser colmatada com mobilidade entre unidades de saúde (c/som)

O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, vê com bons olhos as medidas apresentadas pelo Governo, que visam revitalizar o interior do país, e onde assenta um conjunto de incentivos para os médicos que pretendam instalar-se em zonas de carência de clínicos, mas avança que estão a ser dados os primeiros passos para que se concretize a afiliação entre unidades hospitalares.

As medidas assentam na atribuição de um bónus de mil euros mensais e mais dois dias de férias, para os médicos que pretendam instalar-se no interior do país e a acumulação de mais um dia, por cada cinco anos de serviço.

José Robalo diz que tem esperança de que as medidas venham facilitar a situação dos profissionais, porque “sempre que temos uma nova oportunidade, olhamos para ela com bastante esperança (…) esperamos que o impacto seja positivo para as populações”.

Apesar dos sucessivos apoios de governos anteriores, os concursos na região Alentejo nunca ficaram integralmente preenchidos, embora José Robalo afirme que “a possibilidade de acesso em ter mais profissionais não se faz só pelos concursos, faz-se também por haver profissionais que se disponham a estar em determinadas unidades”.

Anestesiologia, Urologia e Ortopedia, continuam a ser as áreas “em que o número de profissionais é muito restrito e que temos dificuldade em fixa-las”, afirma.

O presidente da ARS Alentejo avança que está a ser ponderado um auxilio entre unidades hospitalares no sentido de “particularmente em áreas cirúrgicas, os hospitais que tenham um conjunto de profissionais superior à necessidade, para dar resposta à sua população, nos possam ajudar, até termos o número de profissionais adequado para que as pessoas sejam tratadas em proximidade com o seu domicilio”.

Instado diz que “é uma mobilidade combinada entre duas instituições, não definitiva, é pontual até a instituição ter capacidade de resposta. Quando começar a ter capacidade de resposta, o profissional voltará à sua unidade de origem”.

Sobre os hospitais de Évora, Portalegre e Litoral Alentejano puderem vir a ficar sem a única pedopsiquiatra, a partir do mês de abril do próximo ano, diz que existe a alternativa de ser feito “este tipo de afiliação com o hospital central que tenha vários profissionais desta área, e que nos possa ajudar a responder às necessidades da nossa população até conseguirmos obter esse pedopsiquiatra”.

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