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Domingo, Abril 28, 2024

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I Festival de Cante Alentejano mostrou “o desejo que a população tinha de que se soubesse que em São Miguel de Machede se faz boa música (…) há um grupo de valores enorme (…) e valia a pena dá-los a conhecer (c/som e fotos)

O Grupo de Cantadeiras de São Miguel de Machede e o Grupo de Cantadores “Os Marchantes”, em colaboração com a Comissão de Festas, organizaram um festival de originais de Cante Alentejano, em torno dos temas associados ao “Dia da Espiga”.

O I Festival de Cante Alentejano “Ponto & Alto”, decorreu este sábado, dia 7 de maio em São Miguel de Machede, (Évora).

À reportagem da Rádio Campanário, João Canha, um dos responsáveis pela organização do evento, referiu que a iniciativa resultou “de um encontro entre um grupo de cantadeiras e um grupo de cantadores, e o desejo que a população tinha de que se soubesse que em São Miguel de Machede faz-se boa música. Há um grupo de valores enorme nesta terra e valia a pena dá-los a conhecer. Desta forma quisemos também reabilitar uma tradição esquecida, perdida, por todas as circunstancias que dizem respeito até pelo próprio desenvolvimento da agricultura e o facto dos campos não estarem já tão semeados e que têm que ver com a Quinta-feira de Ascensão, a apresentação das primeiras sementes como forma de manifestar a esperança que as colheitas venham a ser boas e esta Quinta-feira de Ascensão, foi celebrada de uma forma diferente em São Miguel de Machede”.

Questionado sobre as dificuldades na organização do evento, expressa que as dificuldades “se transformaram em desafios e foram vividas e integradas de uma forma muito positiva. A dificuldade maior, é que estas coisas têm custos mas nós conseguimos. Fizemos umas rifas, e encontramos vários apoios. Outra dificuldade teve que ver com o facto de nos últimos dias termos os alertas meteorológicos que implicavam algum risco de que não pudéssemos fazer o encontro (…) mas encontramos uma solução com uma tenda gigante onde estão 600 a 700 pessoas, temos mais de 300 cantadores a passar pelo palco e naturalmente os seus acompanhantes (…) mas tudo resulta da generosidade, empenhamento e compromisso de uma construção conjunta da população (…)”.

O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, referiu que é com “grande agrado” que vê “a valorização do Cante Alentejano que fez há pouco tempo um ano de classificação como Património da Humanidade e ver percorrer o Cante Alentejano os campos do Alentejo, chegar às freguesias rurais e ver esta dinâmica (…) como é o caso de São Miguel de Machede, é uma alegria imensa”.

Acrescenta que “as gentes de São Miguel de Machede organizaram este festival e como se percebe, dá muito trabalho, tem muitas complicações, (…) imagino o que seria este festival ao ar livre com um dia de sol, seria magnífico (…) independentemente da decisão que o júri venha a tomar, gostava de salientar a participação muito significativa de grupos de vários pontos do Alentejo (…) que vieram até São Miguel mostrar o que fazem, e que fazem muito bem”.

               

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