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Domingo, Abril 28, 2024

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JMJ:“É importante que estes jovens conheçam a cultura alentejana e o Cante Alentejano”, diz José Grulha do GCFH (c/som)

 

Decorreu ontem à noite, no Parque Urbano de Montemor-o-Novo, pelas 21:30h, um momento musical e cultural com associações da terra.
Em destaque, nesta noite cultural integrada nos Dias na Diocese, da Arquidiocese de Évora, estiveram o Grupo Fora de Horas, ranchos e fados.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com José Grulha, um dos elementos do grupo de cantares Grupo Coral Fora de Horas (GCFH), que atuou ontem à noite, em Montemor-o-Novo, para os jovens peregrinos integrantes dos Dias na Diocese da Jornada Mundial da Juventude.

Em declarações à nossa redação, José Grulha falou-nos do grupo de cantares

Questionado sobre há quanto tempo existe o Grupo Fora de Horas, o elemento do grupo referiu que “o Fora de Horas existe há quase 13 anos e hoje viemos aqui cantar porque fomos convidados para estarmos presentes nas Jornadas Mundiais da Juventude, e cá estamos. Vamos fazer alguns espetáculos, é com todo o gosto que os faremos e, já que vem gente de todo o lado, é bom saberem o que é a nossa cultura, a Cultura Popular do Alentejo, saberem o que é o Cante Alentejano, que foi reconhecido pela UNESCO como Património Cultural e Imaterial da Humanidade e, é também uma relíquia no meio de tudo isto”.

Questionado como foi feita a criação do grupo e a atribuição de um nome tão peculiar, Fora de Horas, José Grulha contou-nos que “o grupo é um grupo de bairro, nasceu aqui no nosso bairro, com a gente que aqui vive e, o Fora de Horas nasceu porque nós começámos a cantar com uma brincadeira e fomos convidados para cantar, mas não tínhamos nome e, nesse dia, enquanto decidíamos o nome para dar ao grupo, havia uma senhora que dizia ‘eles cantam bem mas é sempre fora de horas’, e nós, em homenagem à vizinha Alice, optamos pelo nome Grupo Coral Fora de Horas, que até hoje se mantém”.

“O Fora de Horas tem 24 elementos e temos feito muitos espetáculos. Já fizemos espetáculos dentro e fora do país e já atuámos duas vezes fora do país”, acrescentou.

Questionado sobre o elemento mais velho e o elemento mais novo do grupo, o Sr. José referiu que “o mais velho tem 80 anos e o mais novo tem 26. Não é fácil atrair pessoas mais novas para o Cante Alentejano, mas há muitos sítios em que o Cante já faz parte do currículo escolar, especialmente no Baixo Alentejo, naquela fileira de Serpa, Beja, Castro Verde, Cuba, já faz parte do currículo escolar, no ensino primário já têm aulas de Cante Alentejano e estão a aparecer cada vez mais pessoas a cantar e, espero que aqui, isso também aconteça, aliás, nós já fomos convidados para cantar e darmos aulas numa série de escolas e, certamente, que essa situação vai acontecer connosco”.

Questionado se a autarquia de Montemor-o-Novo tem apoiado estas iniciativas e se apoiará essa iniciativa de Montemor ser uma escola de cante Alentejano, o integrante do grupo referiu que “quanto a isso ainda não sei, mas a autarquia de Montemor, desde a primeira hora que tem apoiado o nosso grupo”.

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